Brasil

Governo pode gastar até R$ 50 bi em PEC para reduzir preços de diesel, gás e transporte público

A PEC permitiria compensar parte da perda de arrecadação dos estados com a redução do ICMS sobre os combustíveis; detalhes estão sendo fechados no Palácio do Planalto

Ministério da Economia: proposta sobre redução nos preços foi apresentada ao presidente e lideranças do Congresso Nacional (Adriano Machado/Reuters)

Ministério da Economia: proposta sobre redução nos preços foi apresentada ao presidente e lideranças do Congresso Nacional (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de junho de 2022 às 19h48.

Última atualização em 6 de junho de 2022 às 20h04.

O Ministério da Economia apresentou ao presidente Jair Bolsonaro e a lideranças do Congresso Nacional uma proposta para reduzir o preço do óleo diesel e do gás de cozinha que pode chegar a R$ 50 bilhões, de acordo com fontes do governo.

Os números finais da medida estão sendo fechados pelo governo. A ideia é apresentar ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nesse sentido.

A PEC permitiria compensar parte da perda de arrecadação dos estados com a redução do ICMS sobre os combustíveis. A ideia é zerar o ICMS sobre o óleo diesel, o gás de cozinha e sobre o transporte púbico, como antecipou o GLOBO mais cedo.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

Isso seria feito em duas etapas. O Executivo trabalha para que seja aprovado o projeto em discussão no Senado Federal e já votado pela Câmara dos Deputados que limita em 17% o ICMS cobrado sobre os combustíveis, a energia elétrica e as comunicações.

A intenção do governo, por meio da PEC é permitir que o imposto cobrado apenas sobre o óleo diesel e sobre o transporte público seja zerado até o fim do ano. Parte da redução desse imposto seria compensado.

Pela ideia do governo, o imposto estadual sobre a gasolina e sobre a energia elétrica não seria zerado, apenas reduzido a 17% por meio do projeto de lei. Os governadores, porém, são contra essa proposta.

A equipe de Bolsonaro quer montar um discurso de que todos precisam dar sua “contribuição” para reduzir o preço dos combustíveis, uma das principais dores de cabeça do presidente.

O governo discute internamente diferentes formas de reduzir os impostos, mas nenhuma decisão foi anunciada.

Pressionado pela ala política do governo, a equipe de Guedes reservou R$ 22 bilhões para bancar um “subsídio” ao óleo diesel e reduzir o preço do produto nas bombas nas vésperas das eleições presidenciais e até o fim do ano.

De acordo com fontes do governo, é possível usar esse dinheiro tendo como fonte os dividendos da Petrobras pagos à União. A petroleira deve pagar neste ano pelo menos R$ 24,6 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional.

(Agência O Globo)

VEJA TAMBÉM: 

Bolsonaro diz que espera resolver alta dos combustíveis 'nos próximos dias'

Pesquisa eleitoral: Lula tem vantagem sobre Bolsonaro entre jovens e adultos até 44 anos

Vacinação contra covid-19 deve ser anual para idosos e profissionais da saúde, diz Queiroga

Acompanhe tudo sobre:Auxílio GásICMSÓleo dieselTransporte público

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais