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General que atuava no COB, convidado por Nuzman, pede demissão

O COB informou que a saída de Augusto Heleno de seus quadros já era programada, uma vez que ele havia decidido se mudar para Brasília

Nuzman: Nuzman e o ex-diretor da entidade Leonardo Gryner foram presos na quinta (5) (Ricardo Moraes/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 18h31.

Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 14h23.

O general Augusto Heleno , que atuava no Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 2011, a convite do presidente afastado Carlos Arthur Nuzman , pediu demissão hoje (10).

Ele dirigia o Departamento de Comunicação e Educação Corporativa e o Instituto Olímpico, órgão educacional da entidade. A decisão foi tomada cinco dias após a prisão de Nuzman.

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O COB informou que a saída do militar de seus quadros já era programada, uma vez que ele havia decidido se mudar para Brasília. A entidade disse ainda que o general cumprirá aviso prévio.

Augusto Heleno tem 69 anos de idade, foi comandante das tropas da Missão das Nações Unidas no Haiti de 2004 a 2005. Entre 2007 e 2009, o general exerceu a função de Comandante Militar da Amazônia.

Foi transferido para o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército após chamar de "caótica" a política indigenista do governo federal e criticar a demarcação de terras indígenas no território Raposa Serra do Sol.

Em 2011, antes de receber o convite de Nuzman, ele havia passado para a reserva.

O pedido de demissão foi entregue pelo general em um momento conturbado para o COB. Nuzman e o ex-diretor da entidade Leonardo Gryner foram presos na quinta-feira (5).

Ambos são investigados na Operação Unfair Play - Segundo Tempo, deflagrada como um desdobramento da Unfair Play, que investiga a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016.

Nesta quarta-feira (11), uma assembleia geral extraordinária do COB analisará pedido de afastamento do cargo apresentado por Nuzman. A solicitação foi entregue na sexta-feira (6), um dia após sua prisão.

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