Brasil

Fux derruba liminar do TJ-SP e volta proibir a venda de bebida alcoólica após 20h

Fux restabeleceu a proibição, decretada pelo governador João Doria (PSDB) na última sexta, 11, após o aumento do número de casos de covid-19

A gestão Doria quer reduzir as aglomerações, circunstância em que a doença pode ser espalhada mais facilmente (VIP 374 MAT ESPECIAL BEBIDAS/Divulgação)

A gestão Doria quer reduzir as aglomerações, circunstância em que a doença pode ser espalhada mais facilmente (VIP 374 MAT ESPECIAL BEBIDAS/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 18h12.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, afirmou que a liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo que havia permitido a venda de bebidas alcóolicas após às 20h no Estado representava 'potencial risco à saúde pública'. Na tarde desta quinta, 17, Fux derrubou a decisão e restabeleceu a proibição, decretada pelo governador João Doria (PSDB) na última sexta, 11, após o aumento do número de casos de covid-19.

A liminar derrubada foi assinada pelo desembargador Renato Sartorelli, que atendeu a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na última segunda, 14. Para ele, a proibição imposta por Doria foi feita 'sem amparo em qualquer tipo de estudo ou dados científicos' e com base 'em puro achismo e opinião pessoal equivocada'.

Fux, porém, apontou que a pandemia do novo coronavírus impôs a governadores e prefeitos a tomada de medidas que devem ser voltadas ao bem comum, para garantir o direito à saúde da população. No caso da proibição do consumo de bebidas, o presidente do Supremo disse que o decreto não era desproporcional para o cenário - diferente da liminar.

"A decisão atacada representa potencial risco de violação à ordem público-administrativa, no âmbito do requerente, bem como à saúde pública, dada a real possibilidade que venha a desestruturar as medidas por ele adotadas como forma de fazer frente a essa epidemia em seu território", anotou o ministro.

O decreto baixado por Doria prevê que bares devem fechar mais cedo, passando das 22h para 20h, e restaurantes podem continuar abertos até às 22h, mas não podem vender bebidas alcóolicas após às 20h. A medida foi tomada diante da elevação de casos, internações e mortes decorrentes da covid-19 no Estado.

O objetivo, explicou a gestão Doria na semana passada, é reduzir as aglomerações, circunstância em que a doença pode ser espalhada mais facilmente.

Nesta quarta, 16, o governo estadual confirmou o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus em São Paulo. Trata-se de uma mulher de 41 anos, moradora de Fernandópolis, no interior do Estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ela apresentou a doença pela primeira vez em junho, se recuperou, e testou positivo novamente em novembro.

Acompanhe tudo sobre:BebidasJustiçasao-paulo

Mais de Brasil

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’