Abig: “Os acontecimentos representam um sinal amarelo, uma ameaça de retrocesso a um trabalho de reposicionamento arduamente desenvolvido nos últimos anos" (Andre Valentim)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2013 às 20h22.
Rio de Janeiro - O número de furtos a turistas nacionais e estrangeiros na capital fluminense aumentou cerca de 66,5% durante os meses de janeiro nos últimos três anos, passando de 188 registros em 2011 para 313 este ano.
O resultado é aproximadamente 13,5 % maior que em janeiro de 2012, quando foram notificadas 276 ocorrências. Os dados foram divulgados hoje (8) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
De acordo com a pesquisa, o registro de roubo a turistas em janeiro deste ano teve uma queda de cerca de 16,7%, com 70 casos em 2013 contra 84 notificações em 2012.
O Código Penal diz que o furto é o ato de subtrair para si ou outrem alguma coisa alheia móvel, sem o emprego de violência. Já o roubo é a apropriação de bens móveis mediante grave ameaça ou violência, sem que haja a possibilidade de resistência.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih- RJ) informou que “ por muitos anos a insegurança manchou a imagem da cidade, especialmente na mídia internacional. A bem-sucedida política de Segurança Pública, que se dedicou arduamente à instalação de unidades pacificadoras, ao combate ao crime e ao tráfico de drogas, foi um divisor de águas”.
Em relação aos recentes casos de violência contra turistas estrangeiros no Rio, como o estupro de uma jovem, roubo e agressão de seu namorado no interior de uma van que faz o transporte alternativo e o roubo a um grupo de nove alemães, também em uma van, na Floresta da Tijuca, a associação declarou que “atualmente as comunidades são amplamente visitadas pelos turistas. As pessoas andam mais tranquilas à noite, especialmente pelas ruas da zona sul da cidade, já que os corredores turísticos são as áreas com maior policiamento”.
Para a Abih, como os episódios foram pontuais, ainda não foram estimados prejuízos ou cancelamentos de viagens ao Rio de Janeiro.
“Os acontecimentos representam um sinal amarelo, uma ameaça de retrocesso a um trabalho de reposicionamento arduamente desenvolvido nos últimos anos. Sendo em Copacabana, bairro mais famoso da cidade, por exemplo, aumenta ainda mais a repercussão negativa”.
Com o intuito de garantir a segurança durante os grandes eventos internacionais que vão ocorrer no Rio, como a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, marcados para este ano, a Polícia Civil fez ontem (7) um treinamento com cerca de 500 pessoas na Estação Cantagalo do metrô, em Copacabana. Durante o exercício, houve a simulação de um ataque suicida, evacuação de plataforma de metrô, ameaça de bomba e intervenção do grupo tático da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).