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Fifa admite que Copa de 2014 pode não ser a mais verde

No caso do Brasil, cerca de 80% das emissões correspondem às longos viagens de avião, que serão necessários por causa da distância entre as subsedes

Fuleco, mascote da Copa 2014: Copa do Mundo do Brasil é a primeira da história na qual a Fifa e o COL decidiram implantar estratégia conjunta de sustentabilidade (Marcello Casal Jr./ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 17h41.

Rio de Janeiro - A Fifa admitiu nesta quinta-feira que a Copa do Mundo deste ano, no Brasil, pode não ser a mais "verde", apesar de a entidade garantir ter implementado a estratégia de sustentabilidade mais intensa da história deste campeonato.

O diretor de responsabilidade social da Fifa, o argentino Federico Addiechi, afirmou hoje em entrevista coletiva que os cálculos de emissões da Copa de 2014 "coincidem" com as análises prévias feitas na África do Sul, em 2010, que representam uma geração de 2,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2).

Na África do Sul, depois do torneio, o cálculo de emissões foi reduzido para 1,6 milhão de toneladas de CO2, por ter havido menos espectadores que o esperado.

Addiechi disse que a Fifa não pode comentar a precisão dos cálculos do último Mundial porque eles foram realizados pelo governo sul-africano, sem que a entidade tivesse acesso.

O dirigente garantiu que, no Brasil, da mesma forma que no Mundial feminino da Alemanha, em 2011, as previsões são "precisas", porque "a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) têm acesso aos dados".

No caso do Brasil, cerca de 80% das emissões correspondem às longos viagens de avião, que serão necessários por causa da distância entre as subsedes, embora, segundo o diretor, esse número seja compensado pelo fato de que a matriz energética do Brasil é "mais limpa" que a da África do Sul - cerca de metade da energia consumida no Brasil é renovável, e por volta de 80% da energia elétrica é produzida em centrais hidrelétricas.

A Copa do Mundo do Brasil é a primeira da história na qual a Fifa e o COL decidiram implantar uma estratégia conjunta de sustentabilidade .

"Esta é a primeira estratégia de sustentabilidade. Não é perfeita, mas sim ampla. Fazer estas coisas sempre é difícil, e sempre se gostaria de fazer mais, mas é a estratégia mais intensa que já foi feita. Já é muito melhor do que fizemos no passado", comentou Addiechi.

Também pela primeira vez os organizadores se comprometeram de forma voluntária a fazer com que os 12 estádios que receberão partidas do Mundial tenham certificados de sustentabilidade LEED.

Para conseguir esses certificados, foram reaproveitados materiais retirados da reforma dos estádios e tomadas medidas de economia de energia e de água, como a instalação de placas solares fotovoltaicas e sistemas de captação de chuva.

A partir da Copa de 2018, na Rússia, estes certificados de sustentabilidade serão um requisito para os estádios, e a Fifa também tornará obrigatórios outros elementos "verdes".

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Rio de Janeiro - A Fifa admitiu nesta quinta-feira que a Copa do Mundo deste ano, no Brasil, pode não ser a mais "verde", apesar de a entidade garantir ter implementado a estratégia de sustentabilidade mais intensa da história deste campeonato.

O diretor de responsabilidade social da Fifa, o argentino Federico Addiechi, afirmou hoje em entrevista coletiva que os cálculos de emissões da Copa de 2014 "coincidem" com as análises prévias feitas na África do Sul, em 2010, que representam uma geração de 2,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2).

Na África do Sul, depois do torneio, o cálculo de emissões foi reduzido para 1,6 milhão de toneladas de CO2, por ter havido menos espectadores que o esperado.

Addiechi disse que a Fifa não pode comentar a precisão dos cálculos do último Mundial porque eles foram realizados pelo governo sul-africano, sem que a entidade tivesse acesso.

O dirigente garantiu que, no Brasil, da mesma forma que no Mundial feminino da Alemanha, em 2011, as previsões são "precisas", porque "a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) têm acesso aos dados".

No caso do Brasil, cerca de 80% das emissões correspondem às longos viagens de avião, que serão necessários por causa da distância entre as subsedes, embora, segundo o diretor, esse número seja compensado pelo fato de que a matriz energética do Brasil é "mais limpa" que a da África do Sul - cerca de metade da energia consumida no Brasil é renovável, e por volta de 80% da energia elétrica é produzida em centrais hidrelétricas.

A Copa do Mundo do Brasil é a primeira da história na qual a Fifa e o COL decidiram implantar uma estratégia conjunta de sustentabilidade .

"Esta é a primeira estratégia de sustentabilidade. Não é perfeita, mas sim ampla. Fazer estas coisas sempre é difícil, e sempre se gostaria de fazer mais, mas é a estratégia mais intensa que já foi feita. Já é muito melhor do que fizemos no passado", comentou Addiechi.

Também pela primeira vez os organizadores se comprometeram de forma voluntária a fazer com que os 12 estádios que receberão partidas do Mundial tenham certificados de sustentabilidade LEED.

Para conseguir esses certificados, foram reaproveitados materiais retirados da reforma dos estádios e tomadas medidas de economia de energia e de água, como a instalação de placas solares fotovoltaicas e sistemas de captação de chuva.

A partir da Copa de 2018, na Rússia, estes certificados de sustentabilidade serão um requisito para os estádios, e a Fifa também tornará obrigatórios outros elementos "verdes".

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