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FHC solta o verbo; RJ sem dinheiro…

FHC solta o verbo O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, nesta segunda-feira, que uma eleição indireta, por meio do Congresso, poderia atrapalhar ainda mais o país. Isso poderá acontecer caso o Tribunal Superior Eleitoral casse a chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. A declaração foi dada em entrevista à rádio CBN. FHC elogiou Temer […]

FHC: ex-presidente disse que eleição indireta traria mais instabilidade ao país / Divulgação
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2017 às 18h53.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h48.

FHC solta o verbo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, nesta segunda-feira, que uma eleição indireta, por meio do Congresso, poderia atrapalhar ainda mais o país. Isso poderá acontecer caso o Tribunal Superior Eleitoral casse a chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. A declaração foi dada em entrevista à rádio CBN. FHC elogiou Temer e ressaltou a necessidade de uma reforma política. “A meu ver, o governo do presidente Michel Temer tem tentado acertar e tem acertado, em alguns pontos, na área econômica. O problema não é de cunho econômico hoje, é de confiança. Não no presidente Temer, mas nos políticos no geral. Houve uma espécie de desmoralização e o sistema político-partidário-eleitoral que está aí montado não tem mais a confiabilidade da população. Isso é visível. Houve uma fragmentação partidária enorme. São 30 e poucos partidos no Congresso, e isso é inviável”, disse.

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PSDB em aberto

Na mesma entrevista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também tratou do futuro do PSDB, de olho nas eleições de 2018. Para FHC, a decisão vai depender “de quem para de pé” depois da delação da Odebrecht vir a público, o que deve ocorrer ainda neste mês. Os três principais caciques do partido com aspiração a entrar na disputa presidencial estão no alvo da Lava-Jato: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e os senadores José Serra e Aécio Neves. A situação dos três tem aberto espaço no partido para o nome do prefeito de São Paulo, João Doria, que vem sendo cogitado como uma alternativa para a sucessão presidencial. “Vai depender do desempenho dele [ Doria ]. Essas coisas em política são assim (…). É um balão que está subindo. Se subiu, subiu. Lógico, o PSDB tem que ter pé no chão. Quem decide, no fundo, no fundo, quem será candidato não somos nós, é o eleitorado”, disse. Recentemente, o ex-presidente e Doria trocaram declarações não muito amistosas por meio da imprensa.

Ciro candidato

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) admitiu, numa palestra durante o fim de semana nos Estados Unidos, que poderá ser candidato à Presidência mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participe do pleito. O político cearense vinha repetindo que não “tinha vontade” de concorrer contra Lula, mas agora parece ter mudado de ideia. “Quem decide minha candidatura sou eu, e só dependo de uma circunstância: o PDT confirmar meu pleito. Quando digo que não gostaria de ser candidato se o Lula também for, não é uma homenagem propriamente a ele, embora acredite que PT e PDT possam seguir juntos, apesar de nossas diferenças. Mas, se ele for candidato, ‘passionaliza’ e polariza de tal forma o ambiente que os eleitores terão dificuldade de encontrar meu discurso, centrado em temas que considero sérios, distantes da polarização simplória que ele representa”, disse. Ciro também ressaltou que é simpático a uma chapa em que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seja seu vice, mas que isso não aconteceria porque o PT deverá lançar um candidato próprio, mesmo sem Lula. Por último, disse que ele “não será vice de ninguém”.

Dinheiro bloqueado no RJ

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli determinou o bloqueio de 129 milhões de reais do Tesouro do Rio de Janeiro para que o dinheiro seja repassado ao Tribunal de Justiça do estado (TJ-RJ). O TJ entrou com o pedido no Supremo alegando que os repasses para pagamento de salários de março não haviam sido feitos completamente. De acordo com a revista VEJA, o governo repassou 40 milhões dos 238 milhões que compõem a folha salarial do local. O Rio de Janeiro é o estado em pior situação financeira, o que afeta os serviços públicos e o pagamento do salário dos servidores.

Reunião da Carne Fraca

O presidente Michel Temer recebeu os governadores do Paraná e de Goiás, o vice de Santa Catarina e representantes de outros estados produtores de carne para discutir quais os próximos passos que devem ser tomados pelo Executivo após a Operação Carne Fraca. Feita pela Polícia Federal, a operação teve como alvo 21 frigoríficos. Na reunião, o presidente mostrou quais ações o Planalto tomou para solucionar a crise no setor e ouviu dos políticos um pedido para o fim da participação dos fundos de pensão de empresas estatais na administração das empresas. Segundo eles, isso ajudaria para que não fossem feitas escolhas políticas, e sim técnicas, para os cargos de gestão.

“Não rompi”

Depois da polêmica sobre seu possível “rompimento” com o governo Michel Temer, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), negou o fato. Em entrevista a uma TV do Alagoas, o senador disse que “o que está ficando claro são posições diferentes do PMDB e do governo”. Calheiros ainda disse que deu um conselho a Temer. “Conversei com o presidente Temer várias vezes, e ele chegou a perguntar se a agilização do julgamento [da chapa Dilma-Rousseff-Temer] do TSE iria ajudar na devolução da legitimidade. E eu disse: ‘Sinceramente, acho que não. Acho que vai devolver a legitimidade perdida é acertar a mão, escalar melhor, jogar para frente’. Do jeito que está, está parecendo com a seleção do Dunga – e não precisamos mais do Dunga, precisamos do Tite para nos levar a um porto seguro”. Ele ressaltou que é “normal e democrático” que haja divergência dentro do partido.

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