Segundo as últimas pesquisas, a candidata governista pode obter entre 50% e 51% dos votos válidos nas eleições de hoje
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2012 às 18h13.
São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comparou hoje a candidata governista à Presidência, Dilma Rousseff, a um fantoche sem liderança política movido pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que está demonstrado é que, independente da popularidade de Lula, sua candidata não conseguiu a mesma coisa. O importante não é a transferência de votos, mas ter vontade política e capacidade de liderança", disse FHC em declarações a jornalistas após votar em um colégio de São Paulo.
Segundo FHC, do PSDB, o importante para o Brasil é poder contar com "políticos reais e não com fantoches".
O ex-chefe de Estado (1995-2002) reconheceu que Lula, com sua elevada popularidade, conseguiu transferir votos à candidata que escolheu a dedo para sucedê-lo, mas acrescentou que nem todos os eleitores que aprovam o atual governante confiam em uma candidata sem muita experiência política.
"Se houvesse transferência, ela teria hoje cerca de 80% das intenções de voto. Há alguma transferência, sem dúvida, mas é preciso ver se isso é suficiente", afirmou ao se referir ao índice de popularidade de Lula.
Segundo as últimas pesquisas, a candidata governista pode obter entre 50% e 51% dos votos válidos nas eleições de hoje, o que não garante uma vitória no primeiro turno.
FHC manifestou hoje sua confiança em um segundo turno e disse que José Serra, candidato do PSDB e segundo nas enquetes, sairá fortalecido das urnas por ter demonstrado que foi capaz de superar o "rolo compressor" com que Lula quis impor sua candidata.
"Nunca houve um rolo compressor do Governo como o atual. Nunca antes na história deste país, como Lula gosta dizer, houve um presidente que fizesse tanta pressão para ganhar uma eleição e, no entanto, está aí chorando para ver se vai ou não vai", disse.
Acrescentou que espera que Dilma, "ganhando ou perdendo", assuma uma personalidade própria e deixe de ser uma candidata sem liderança.
"Sem ofender a ex-ministra Dilma, é preciso ver como vai se desempenhar", disse.
Leia mais sobre eleições
Acompanhe as notícias sobre as Eleições 2010 no twitter