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MPF: família e assessores ajudam Henrique Alves a ocultar propina

Deputado federal por onze mandatos consecutivos e ex-presidente da Câmara, o peemedebista está preso desde 6 de junho

Henrique Alves: nesta quinta-feira, três assessores dele foram capturados pela PG (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Alves: nesta quinta-feira, três assessores dele foram capturados pela PG (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2017 às 17h06.

O Ministério Público Federal informou nesta quinta-feira, 26, que assessores e familiares do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB - Governos Dilma e Temer/Turismo) "ajudavam e continuam a ajudar" o peemedebista a ocultar propina.

Deputado federal por onze mandatos consecutivos e ex-presidente da Câmara (2013/2015), Henrique Alves está preso desde 6 de junho. Nesta quinta-feira, três assessores dele foram capturados pela Polícia Federal na Operação Lavat.

A ação é um desdobramento da Operação Manus e cumpre 27 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e dois de condução coercitiva.

As medidas foram determinadas pela 14ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte e têm como alvo, além dos assessores, familiares de Henrique Eduardo Alves.

Foram presos três ex-assessores do peemedebista: Aluísio Henrique Dutra de Almeida, Norton Domingues Masera e José Geraldo Moura Fonseca Jr.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da InterTV Cabugi em Natal, emissora na qual Henrique Alves tem participação societária.

As investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, após a deflagração da Manus, apontam que assessores e familiares de Henrique Alves, no Rio Grande do Norte e no Distrito Federal, "ajudavam e continuam a ajudar o ex-parlamentar na ocultação e dissimulação de valores provenientes do crime de corrupção passiva".

Segundo a Procuradoria da República, informações obtidas com o monitoramento telefônico, aliadas a dados apreendidos em diligências de busca e apreensão na Manus, levaram à constatação de "efetiva existência de indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, por parte desses auxiliares".

A Procuradoria indica ainda "sinais do cometimento dos delitos de falsidade ideológica de documento particular e de fraude à licitação".

Os mandados são cumpridos em Natal, Parnamirim (RN), Nísia Floresta (RN), São José de Mipibu (RN), Angicos (RN) e em Brasília (DF), nos endereços pessoais, funcionais e empresariais dos investigados.

Defesas

A direção da Intertv Cabugi informou que Herman Ledebour é procurador e representante de Henrique Alves, sócio minoritário.

A direção reforça que a empresa sempre atuou de forma isenta em relação às investigações, noticiando o passo a passo das dos processos contra Henrique e outros investigados pela polícia federal e Ministério Público.

E embora não seja alvo do processo está à disposição para qualquer esclarecimento

A reportagem ainda não conseguiu contato com as defesas de Henrique Alves e dos outros investigados.

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