Estudos de eficácia da Coronavac devem ter resultados positivos
Governo paulista conta com resultado positivo para iniciar a vacinação no estado em 25/1; Butantan, entretanto, disse que dados não oficiais são especulações
Fabiane Stefano
Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 19h20.
Os resultados dos estudos conduzidos com a Coronavac em São Paulo e na China devem comprovar um nível de eficácia superior a 50% - o mínimo esperado pela comunidade científica para liberar o uso em grande escala do imunizante.
Fontes do Wall Street Journal se furtaram a dar mais detalhes, mas espera-se que os resultados que serão apresentados à Anvisa e à agência reguladora chinesa nesta quarta-feira (23) sejam bem semelhantes aos de outras vacinas que já chegaram ao final dos testes de fase 3 - ou seja, com nível de eficácia acima de 90%.
Em resposta à publicação, o Instituto Butantan, parceiro local do laboratório chinês Sinovac, divulgou uma nota afirmando que qualquer suposto resultado de eficácia da Coronavac antes da entrega dos estudos às autoridades reguladoras "é mera especulação".
O governador Joao Doria, entretanto, segue reforçando o dia 25 de janeiro como a data do início da vacinação no Estado de SP, um indicativo de que o governo paulista conta com a eficácia da Coronavac e a aprovação da Anvisa logo nos primeiros dias de janeiro.
Com as 7 milhões de doses que devem chegar ao estado ainda em 2020, São Paulo deve começar o ano com mais de 10 milhões doses da Coronavac em estoque. O estado tem 46 milhões de habitantes e cada pessoa necessita de duas doses para ser imunizada. Na última quinta (17), o Ministério da Saúde afirmou pela primeira vez que comprará doses da Coronavac com o Butantan para distribuí-las a outros estados do país.