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Empresário suspeito de fraude na compra de respiradores é preso no Rio

O suspeito é sócio de uma empresa contratada pela Secretaria Estadual de Saúde para fornecer equipamentos e respiradores durante a pandemia de coronavírus

Rio de Janeiro: contratos milionários feito pelo governo estadual têm indícios de superfaturamento (Handout / Handout/Getty Images)

Rio de Janeiro: contratos milionários feito pelo governo estadual têm indícios de superfaturamento (Handout / Handout/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de maio de 2020 às 13h34.

Última atualização em 13 de maio de 2020 às 20h48.

Mais um suspeito de participar de um grupo que teria fraudado compras de insumos e respiradores feitas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro para o enfrentamento à pandemia de covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, foi preso nesta quarta-feira, informou o Ministério Público do Estado.

O suspeito, o empresário Maurício Fontoura, era sócio de uma empresa contratada em caráter emergencial pela Secretaria Estadual de Saúde para fornecer equipamentos e respiradores.

Os contratos milionários têm indícios de superfaturamento, segundo os órgãos de controle do Estado. Além disso, dos 400 respiradores que a empresa de Fontoura se comprometeu a entregar, pouco mais de 50 foram efetivamente fornecidos e nenhum estava funcionando.

Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido nesta quarta na cidade de Piraí, no interior do Estado, reduto de um outro preso na operação que investiga o caso na semana passada, o ex-subsecretário-executivo de Saúde do Estado Gabriell Neves, que era o responsável pelas compras emergenciais sem licitação feitas pelo Estado.

Na semana passada, além de Gabriell, mais três pessoas foram presas, entres elas o substituto dele no cargo, Gustavo Borges. Os dois foram exonerados.

O secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos, pediu desculpas à população.

"As compras para o enfrentamento à pandemia eu sabia, mas os pormenores conduzidos pelos subsecretários, isso não era do meu conhecimento, porque é humanamente impossível que o secretário acompanhe todos os processos", disse ele a jornalistas na noite de terça-feira.

A empresa de Fontoura foi procurada, mas nenhum representante foi encontrado para comentar a prisão do empresário.

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