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Em SP, MST ocupa fazenda do coronel Lima, amigo de Temer

Cerca de 350 sem terras participam da ação, que reivindica que a área seja destinada para a Reforma Agrária

MTST: a propriedade pertence a empresa Argeplan, do amigo pessoal de Temer, João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima (MST/Divulgação)

MTST: a propriedade pertence a empresa Argeplan, do amigo pessoal de Temer, João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima (MST/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de março de 2018 às 13h06.

Sorocaba - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Fazenda Esmeralda, entre Duartina e Lucianópolis (SP), na manhã desta quarta-feira, 7.

Cerca de 350 sem terras participam da ação, que reivindica que a área seja destinada para a Reforma Agrária. A propriedade pertence a empresa Argeplan, do amigo pessoal de Temer, João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima.

A fazenda foi citada nas delações do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud. O executivo afirmou que ouviu do deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, que Michel Temer possui uma fazenda no interior de São Paulo em nome da Argeplan ou mesmo do Coronel Lima. A defesa de Temer nega ter ligação com o imóvel.

Joesley Batista, que também prestou depoimento no inquérito dos Portos, em 15 de fevereiro, também falou da fazenda. Disse que "se recorda que Paulinho da Força comentou com ele que existe uma fazenda no Estado de São Paulo, em nome do coronel Lima ou de sua empresa Argeplan, mas que na verdade seria de Michel Temer; que inclusive Paulinho sempre expressava para o depoente, quando estava irritado com Michel Temer: "uma hora nós vamos invadir aquela fazenda dele".

É a terceira vez que o MST ocupa a propriedade. De acordo com dirigentes a ocupação tem o objetivo de "denunciar a ilegitimidade" do governo Temer e de se posicionar contra a "agenda de retrocessos para a classe trabalhadora". Eles reivindicam ainda a área e todas as áreas adquiridas por corrupção devem ser destinadas para Reforma Agrária.

A Polícia Militar afirmou que a ocupação foi pacífica e que monitora a situação.

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