Eleições: Novo abre mão de R$ 87 milhões do fundo eleitoral
De acordo com o pré-candidato à Presidência Luiz Felipe d'Avila, o Novo vai se manter apenas por doações de pessoas físicas
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de maio de 2022 às 10h08.
Última atualização em 25 de maio de 2022 às 10h09.
O partido Novo anunciou nesta terça, 24, que vai novamente abrir mão dos recursos do fundo eleitoral para financiar as campanhas da sigla em 2022. Os R$ 87,71 milhões a que o partido tem direito ficarão com os cofres públicos. "É para dar o exemplo. Esse é o dinheiro do contribuinte", disse o pré-candidato à Presidência pela legenda, Luiz Felipe d'Avila. Segundo ele, o partido vai se manter apenas por doações de pessoas físicas.
Crítico do financiamento público de campanha, o Novo moveu uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro contra o valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo. O STF decidiu pela manutenção do recurso em março. O valor é mais que o dobro do executado nas últimas eleições. Em 2021, as legendas ainda receberam R$ 939 milhões do Fundo Partidário.
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D'Avila disse acreditar que é possível viabilizar uma campanha eleitoral em três principais frentes: com transporte, produção de vídeos e gráfica de materiais. "Não precisamos de jatinho", afirmou. "Usamos apenas o voo comercial; temos pouco tempo de televisão para vídeos sofisticados e somos um partido composto por jovens que odeiam sujar a cidade com papel de santinho."
O fundo eleitoral foi instituído no Brasil em 2017, dois anos após o STF proibir o financiamento de campanhas políticas por empresas privadas. A nova lei permite que, além do fundo eleitoral, pessoas físicas possam doar até 10% dos rendimentos brutos no ano anterior.
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