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El Niño provoca chuvas no Sul e calor em outras regiões

Segundo Inmet, a “culpa” dessa variação climática no país é do El Niño, que este ano está mais intenso do que o normal


	Brasília: Na capital, a onda de calor fez com que os termômetros chegassem a 41ºC
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Brasília: Na capital, a onda de calor fez com que os termômetros chegassem a 41ºC (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 16h26.

Brasília - Enquanto moradores de cidades dos estados da Região Sul do país, especialmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sofrem com as fortes chuvas e tempestades de grazino, os habitantes das demais regiões buscam formas de se proteger do sol, enfrentar as altas temperaturas e a baixa umidade.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a “culpa” dessa variação climática no país é do El Niño, que este ano está mais intenso do que o normal.

“O maior vilão é o El Niño, que está provocando essa intempérie do tempo e do clima. Ele está segurando essa frente fria mais para o Sul e o Sudeste e, na região central, ao não chover, a massa de ar seca começa a se intensificar, provocando a baixa umidade relativa do ar e temperaturas mais altas”, explicou o meteorologista do Inmet Mamedes Luiz Melo.

O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial.

Essa mudança de temperatura, disse Melo, provoca uma modificação da circulação geral da atmosfera. No Brasil, o fenômeno se caracteriza por chuvas mais intensas nas regiões Sul e Sudeste e tempo mais seco nas regiões Norte e Nordeste.

“Como o El Niño está muito intenso, a região central do país também está sendo afetada. Normalmente, ele começa a aparecer em novembro, tendo seu pico em dezembro. Este ano, já começou a provocar as anomalias das águas desde maio”, explicou o meteorologista.

Previsão

A meteorologia não tem boas notícia para os moradores dos estados da Região Sul, que têm tido prejuízos em virtude do mau tempo.

A previsão é que a ocorrência de chuvas fortes continue. No Rio Grande do Sul, por exemplo, subiu para 100 o total de municípios atingidos pelas chuvas.

“No Sul do país as essas chuvas deverão continuar em dezembro, janeiro e fevereiro para depois diminuir, quando se espera que as temperaturas do Pacífico voltem ao normal”, disse Melo.

Já para a Região Sudeste, a previsão que as chuvas fiquem dentro da média para o período, exceto no sul de São Paulo, onde o volume de chuvas deve ficar “ligeiramente acima da média”.

Na Região Centro-Oeste as altas temperaturas e a baixa umidade devem continuar pelo menos por mais dez dia. “Há uma probabilidade que depois do dia 25 de outubro possa voltar a chover na região central do país”, afirmou o meteorologista.

De acordo com o Inmet, a previsão de baixa ocorrência de chuvas deixa a situação crítica na Região Nordeste, especialmente no sertão nordestino, tradicionalmente castigado pela estiagem prolongada.

O meteorologista do Inmet explicou que existem dois períodos chuvosos na região: de fevereiro a maio e de maio até agosto e que, por conta dos efeitos do El Niño, o regime de chuvas deverá ser ainda mais afetado.

Com isso, a previsão é que a segunda estação chuvosa na região fiquei abaixo da média. “A situação que já é ruim deve se complicar. Pelo menos de outubro até dezembro a previsão é que a ocorrência de chuvas fique ligeiramente abaixo da média”.

Para a Região Norte, que também já enfrenta altas temperaturas, a previsão é de manutenção do quadro atual. “No norte da Região Norte do país também vai ficar mais seco até dezembro e mais ao centro também ficará abaixo da média”.

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