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É preciso cumprir a Constituição, diz Alckmin sobre Dilma

Governador de São Paulo fez a declaração ao ser questionado sobre possível saída da presidente do governo


	"Os fatos vão determinar o futuro, nós temos que cumprir a Constituição", declarou Geraldo Alckmin
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

"Os fatos vão determinar o futuro, nós temos que cumprir a Constituição", declarou Geraldo Alckmin (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 18h51.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), riu constrangido ao ser questionado no evento do setor sucroalcooleiro Ethanol Summit sobre um possível afastamento da presidente Dilma Rousseff do governo.

Alckmin fazia uma crítica ao ajuste fiscal, dizendo que ajuste não é política econômica e que o país precisa "para ontem" de medidas para induzir o crescimento econômico. O apresentador William Waack, então, questionou se o próximo governo tem que vir mais rapidamente.

Após uma pausa, o governador tucano respondeu apontando para os companheiros de debate, governadores também tucanos Beto Richa (PR) e Marconi Perillo (GO): "Somos cumpridores da Constituição", afirmou.

"Os fatos vão determinar o futuro, nós temos que cumprir a Constituição", insistiu.

A Alckmin não interessaria uma saída de afastamento da presidente por cassação da chapa, que levaria à convocação de novas eleições com Aécio Neves provavelmente ressurgindo como nome do PSDB.

Ainda assim, o governador subiu o tom das críticas à presidente como fizeram outros tucanos desde a convenção do PSDB, no domingo, 5.

Mais cedo nesta terça-feira, o governador disse que a presidente Dilma Rousseff foi "infeliz" nas críticas que fez à oposição em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

No Ethanol Summit, além do que chamou de "pitaco" ao ajuste fiscal, Alckmin criticou a alta de juros e de impostos.

Disse que o Brasil passou da inflação ao "impostão", com aumento na carga tributária equivalente a 0,9 ponto porcentual do PIB, sendo que a carga extra é destinada à União e não a Estados e municípios.

Alckmin e os outros dois governadores criticaram também a estratégia do governo no passado de congelar preços da gasolina, política que chamaram de "desastrosa", com efeitos "devastadores" sobre o setor do etanol.

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