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Direção do IBGE aceita mediar negociação de greve

Direção concordou mediar a negociação entre os servidores em greve e o Ministério do Planejamento

Manifestação dos funcionários do IBGE pela autonomia técnica e democratização do órgão (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Manifestação dos funcionários do IBGE pela autonomia técnica e democratização do órgão (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 19h19.

Rio - A direção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) concordou nesta terça-feira, 10, em mediar a negociação entre os servidores em greve e o Ministério do Planejamento, ao qual o órgão é subordinado.

No entanto, a paralisação continua, e mais uma pesquisa pode já estar sendo afetada pela interrupção dos trabalhos no órgão.

Três estados não forneceram as informações para o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de maio, que divulga as previsões para a safra nacional de grãos no ano.

Os dados sobre as lavouras de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia não foram entregues até o fechamento do mês, no último dia útil, como possível reflexo da greve.

"Não posso afirmar que foi por causa da greve especificamente, mas esses Estados não enviaram os dados", disse Carlos Guedes, técnico da Coordenação de Agropecuária do IBGE.

Já houve relatos de preocupação com o impacto da greve sobre a coleta de dados para o levantamento de junho em pelo menos duas regiões: Alagoas e Bahia.

"Alguns Estados têm ligado para a coordenação (de Agropecuária) e informado um pouco como está a greve. E alguns Estados estão preocupados já para o próximo mês. Ouvi falar de Alagoas e Bahia", contou Guedes, lembrando que o banco de dados fecha no último dia útil, mas que a coleta se dá durante todo o mês.

Segundo o sindicato, parte expressiva dos servidores da Coordenação de Trabalho e Rendimento aderiu à greve, o que já teve impacto na coleta da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Técnicos da Pnad Contínua confirmaram ontem que etapas fundamentais da pesquisa estão paradas por conta da paralisação. Funcionários que fazem a seleção das áreas para a coleta de dados e o tratamento das informações apuradas não estão trabalhando desde que o movimento começou, há duas semanas. O instituto, porém, diz que não há informações sobre prejuízo à coleta de dados. Em nota, o órgão informou que a paralisação afeta, em caráter parcial, 24 das 31 unidades do IBGE.

Representantes do sindicato nacional dos servidores, o ASSIBGE-SN, reuniram-se hoje com a presidente do instituto, Wasmália Bivar, e membros do conselho diretor.

Wasmália se comprometeu a marcar uma reunião com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento para que o sindicato apresente a pauta de reivindicações dos grevistas.

"Acreditamos que foi um aceno importante por parte da direção. Não podemos deixar de reconhecer isso", disse Ana Magni, diretora do ASSIBGE-SN.

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