Dino defende buscas da PF contra casal suspeito de hostilizar Alexandre de Moraes
"A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados", disse Flávio Dino
Agência de notícias
Publicado em 19 de julho de 2023 às 11h04.
Última atualização em 19 de julho de 2023 às 11h05.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu nesta quarta-feira, 19, os mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) em endereços ligados aos suspeitos de terem hostilizado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seus familiares no aeroporto de Roma, na Itália.
O que disse Flávio Dino?
"A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados", escreveu o ministro em uma rede social. "Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos. E não se cuida de 'fishing expedition', pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação."
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Os alvos principais da investigação são o empresário Roberto Mantovani Filho e sua mulher, Andréia Mantovani. Os mandatos de busca e apreensão foram cumpridos após autorização da presidente do STF, a ministra Rosa Weber. As diligências foram cumpridas em Santa Bárbara d’Oeste (SP) no bojo do inquérito sobre supostos crimes de injúria, perseguição e desacato.
Mantovani e Andréia prestaram depoimento na Polícia Federal, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Eles são suspeitos de hostilizar Moraes. O advogado Ralph Tórtima Filho, que defende Mantovani e Andréia, disse que, no depoimento, o empresário relatou que houve um "entrevero" envolvendo o filho de Moraes, no aeroporto.
Como mostrou o Estadão, o inquérito deve se debruçar sobre possíveis crimes contra a honra de Alexandre de Moraes, eventual lesão corporal e até tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Os crimes podem ser investigados e punidos no Brasil em razão do chamado princípio da extraterritorialidade.