Brasil

Dilma recebe prefeitos do Recife e de João Pessoa

A presidente pretende transformar os prefeitos em aliados e solicitou estudos para saber quanto custa acertar as contas com municípios


	O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, disse ter certeza de que a presidente Dilma Rousseff concorrerá à reeleição
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, disse ter certeza de que a presidente Dilma Rousseff concorrerá à reeleição (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - Dando prosseguimento a audiências que tem concedido a novos prefeitos, em busca de parcerias com vistas a 2014, a presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quarta-feira os titulares para o Recife, Geraldo Júlio, do PSB, e de João Pessoa, Luciano Cartaxo, do PT.

Na conversa, a presidente Dilma evitou falar de sucessão presidencial, mas pediu empenho dos prefeitos para fazer convênios e buscar recursos para os municípios na reunião da próxima segunda-feira (28), quando vai anunciar um "pacote de bondades".

Com a ajuda, que poderá incluir até mesmo o famoso acerto de contas que prevê a contabilização de débitos e créditos das contas dos municípios, de um lado, e da Receita Federal (RF) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de outro, o Planalto quer transformar os prefeitos em fiéis aliados. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, confirmou que a presidente Dilma "pediu estudos" à área econômica para ver quanto custa atender esta reivindicação, uma das principais dos prefeitos.

Apesar de alardear que a audiência com Dilma foi tratar de questões administrativas, o prefeito do Recife afastou previsões de distanciamento entre o PT e o PSB, que está se desenhando com a possibilidade de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do seu partido, se candidatar ao Planalto.

"Não há nenhum afastamento entre esses dois partidos. Nós somos do mesmo campo político, governamos o Brasil juntos, governamos o Estado de Pernambuco juntos e agora estamos governando Recife juntos. Acho que isso é importante", disse Geraldo Júlio, que derrotou em Recife, na eleição municipal de 2012, o senador petista Humberto Costa, cuja candidatura foi imposta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em meio a um rompimento entre PT e PSB locais.


Ele defendeu, ainda, a união de forças para beneficiar a população. "Quanto mais paz política, quanto mais unidade, quanto mais somar forças, melhor resultado para população, e isso é o que temos feito", afirmou Geraldo Júlio, que pediu a Dilma, com quem se reuniu por uma hora e meia, novas parceiras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para obras de mobilidade urbana e na área de saúde.

Depois, foi a vez de a presidente Dilma receber o prefeito de João Pessoa, o petista Luciano Cartaxo, com quem se reuniu por meia hora. Cartaxo disse que não conversou com a presidente sobre política, mas afirmou que "tem certeza" que Dilma vai para a reeleição. Ele comemorou a disposição da presidente de discutir o "encontro de contas", acentuando que tem "muita esperança" de que isso aconteça, porque "esta é uma da principal preocupação dos prefeitos". Ele pediu a Dilma apoio para a construção de um hospital da mulher, de revitalização do centro histórico da cidade e recuperação de 30 das 95 escolas da capital paraibana.

Dilma informou a Cartaxo que estará em João Pessoa em março para fazer a primeira visita à Paraíba, depois de eleita presidente. Lá, ela vai entregar moradias do projeto Minha Casa, Minha vida, além de obras para tentar amenizar a seca no Estado. Cartaxo é o quinto prefeito a ser recebido por Dilma esta semana.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffParaíbaPernambucoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Como chegar em Gramado? Veja rotas alternativas após queda de avião

Vai viajar para São Paulo? Ao menos 18 praias estão impróprias para banho; veja lista

Quem são as vítimas da queda de avião em Gramado?

“Estado tem o sentimento de uma dor que se prolonga”, diz governador do RS após queda de avião