Deputado do PT nega ter alterado material enviado à PF
Tucanos acusaram Simão Pedro, atual secretário de Serviços da gestão Haddad (PT), de ter "adulterado" os papéis para incriminar o PSDB
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 07h48.
São Paulo - O deputado estadual licenciado Simão Pedro negou nesta quarta-feira, 27, ter alterado os documentos que enviou ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, com denúncias sobre o cartel que teria atuado em contratos de trens e metrô de gestões do PSDB em São Paulo .
Tucanos acusaram o parlamentar, atual secretário de Serviços da gestão Fernando Haddad (PT), de ter "adulterado" os papéis para incriminar o partido. Também ontem, Cardozo e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) trocaram farpas sobre o caso.
Simão Pedro disse, via assessoria de imprensa, que não foi responsável por traduzir uma carta em inglês do ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer.
Trata-se de um documento de 2008, destinado à matriz da multinacional, em que o autor citava práticas de cartel e de pagamentos a agentes públicos em projetos do Metrô e da CPTM. O PSDB afirma que o nome do partido foi incluído indevidamente na versão do texto em português.
O material entregue por Simão Pedro ao ministro da Justiça incluí outros papéis, que apontam caixa 2 do PSDB e do DEM.
No relatório principal, elaborado em 2013, revelado na semana passada pelo Estado, o ex-executivo da Siemens cita o deputado Edson Aparecido (PSDB), hoje chefe da Casa Civil do governo Alckmin, como destinatário de propina e atribui proximidade de outros parlamentares do partido com o consultor Arthur Teixeira, apontado como intermediário dos pagamentos.
Todos negam enfaticamente as acusações.
'Risível'
Alvo das críticas dos tucanos na terça-feira, o ministro afirmou nesta quarta-feira à Rádio Estadão que a queixa do PSDB sobre uma possível adulteração das denúncias chega a ser "até risível". Cardozo disse lamentar que haja uma tentativa de transformar as investigações sobre o cartel em disputa política.
"Há outras partes, eu diria, mais substantivas do ponto de vista informativo, que estavam nesse documento. Pode parecer, ao meu ver, algo até risível. Você recebe um amplo material de investigação, alguém sem saber quem mandou oficialmente diz que houve adulteração. Se não se sabe quem mandou, como é que pode adulterar? É uma tentativa de fazer uma confusão para a opinião publica, que eu lamento", disse Cardozo. "Se é um documento ou outro, se é uma tradução, isso vai ser investigado."
Horas depois, ao ser questionado sobre as declarações do ministro, Alckmin endossou a crítica feita pelo PSDB no dia anterior e usou termos como "mentira" e "falsidade".
"O que nos deixou estarrecido: primeiro, a mentira", disse Alckmin, referindo-se à informação de que o relatório de Rheinheimer teria chegado à Polícia Federal via Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Aí vem o presidente do Cade e diz: não encaminhei nada."
"Segundo, a falsidade", continuou o governador, referindo-se à nota de Rheinheimer em que ele diz que o documento é apócrifo. "Terceiro, um documento de 2008, quando é traduzido do inglês para o português, é acrescentado, falsificado, listando nomes, acusando pessoas e partido político." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O deputado estadual licenciado Simão Pedro negou nesta quarta-feira, 27, ter alterado os documentos que enviou ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, com denúncias sobre o cartel que teria atuado em contratos de trens e metrô de gestões do PSDB em São Paulo .
Tucanos acusaram o parlamentar, atual secretário de Serviços da gestão Fernando Haddad (PT), de ter "adulterado" os papéis para incriminar o partido. Também ontem, Cardozo e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) trocaram farpas sobre o caso.
Simão Pedro disse, via assessoria de imprensa, que não foi responsável por traduzir uma carta em inglês do ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer.
Trata-se de um documento de 2008, destinado à matriz da multinacional, em que o autor citava práticas de cartel e de pagamentos a agentes públicos em projetos do Metrô e da CPTM. O PSDB afirma que o nome do partido foi incluído indevidamente na versão do texto em português.
O material entregue por Simão Pedro ao ministro da Justiça incluí outros papéis, que apontam caixa 2 do PSDB e do DEM.
No relatório principal, elaborado em 2013, revelado na semana passada pelo Estado, o ex-executivo da Siemens cita o deputado Edson Aparecido (PSDB), hoje chefe da Casa Civil do governo Alckmin, como destinatário de propina e atribui proximidade de outros parlamentares do partido com o consultor Arthur Teixeira, apontado como intermediário dos pagamentos.
Todos negam enfaticamente as acusações.
'Risível'
Alvo das críticas dos tucanos na terça-feira, o ministro afirmou nesta quarta-feira à Rádio Estadão que a queixa do PSDB sobre uma possível adulteração das denúncias chega a ser "até risível". Cardozo disse lamentar que haja uma tentativa de transformar as investigações sobre o cartel em disputa política.
"Há outras partes, eu diria, mais substantivas do ponto de vista informativo, que estavam nesse documento. Pode parecer, ao meu ver, algo até risível. Você recebe um amplo material de investigação, alguém sem saber quem mandou oficialmente diz que houve adulteração. Se não se sabe quem mandou, como é que pode adulterar? É uma tentativa de fazer uma confusão para a opinião publica, que eu lamento", disse Cardozo. "Se é um documento ou outro, se é uma tradução, isso vai ser investigado."
Horas depois, ao ser questionado sobre as declarações do ministro, Alckmin endossou a crítica feita pelo PSDB no dia anterior e usou termos como "mentira" e "falsidade".
"O que nos deixou estarrecido: primeiro, a mentira", disse Alckmin, referindo-se à informação de que o relatório de Rheinheimer teria chegado à Polícia Federal via Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Aí vem o presidente do Cade e diz: não encaminhei nada."
"Segundo, a falsidade", continuou o governador, referindo-se à nota de Rheinheimer em que ele diz que o documento é apócrifo. "Terceiro, um documento de 2008, quando é traduzido do inglês para o português, é acrescentado, falsificado, listando nomes, acusando pessoas e partido político." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.