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Depois de dar início aos protestos de rua, MPL se recolhe

Movimento Passe Livre não acredita ter responsabilidade nos movimentos conservadores

Grupo deu início aos protestos que surpreenderam o País em junho de 2013 (MPL)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 10h28.

São Paulo - Embora esteja ausente das ruas hoje, o Movimento Passe Livre (MPL), grupo que deu início aos protestos que surpreenderam o País em junho de 2013 e abriram caminho para as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o PT , tem plena consciência de sua importância na sucessão de fatos que levaram ao turbulento cenário político atual.

"Junho de 2013 mostrou que organizar a população é possível. Estas manifestações de agora são reflexo disso", disse a historiadora Carol Oliveira, militante do MPL. "Na política o legado de junho de 2013 é tudo isso que está surgindo agora. Para o bem e para o mal."

Indagada sobre o crescimento dos movimentos conservadores tanto nas ruas quanto no meio político, a historiadora diz sentir "vergonha alheia", mas isenta o MPL de responsabilidade.

"O conservadorismo nunca deixou de existir. A diferença é que agora ele se manifesta de maneira espetaculosa, com danças e coreografias. Mas não nos sentimos responsáveis, até porque não fomos os únicos autores daquilo que aconteceu em 2013. O mérito é de todo mundo que foi para a rua com a gente e de toda a exposição midiática. Aquilo não estava na nossa mão desde o primeiro dia", afirmou.

Foco

O movimento, que sempre fez questão de ressaltar seu caráter apartidário e independente de qualquer governo, trata a crise política e econômica de forma lateral e, apesar de toda exposição conquistada em 2013, mantém-se focado na defesa da melhoria do transporte público - motivo de existência do coletivo há mais de 10 anos, principalmente na periferia de São Paulo .

"Nossa luta não passa pela Avenida Paulista. Não é que não se discuta o impeachment na periferia, mas nossa maior preocupação hoje é com as licitações e a operação dos ônibus."

Segundo Carol, o MPL ainda não se debruçou nem sequer sobre os efeitos do ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ou a Agenda Brasil proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros ( PMDB -AL). "Essas coisas aconteceram faz pouco tempo, ainda não deu tempo", tentou justificar, embora o pacote fiscal seja tema de debates desde o início do ano.

De acordo com ela, apesar da postura discreta nos últimos anos, o MPL teve um aumento de 30% no número de militantes ativos desde as jornadas de junho de 2013.

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São Paulo - Embora esteja ausente das ruas hoje, o Movimento Passe Livre (MPL), grupo que deu início aos protestos que surpreenderam o País em junho de 2013 e abriram caminho para as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o PT , tem plena consciência de sua importância na sucessão de fatos que levaram ao turbulento cenário político atual.

"Junho de 2013 mostrou que organizar a população é possível. Estas manifestações de agora são reflexo disso", disse a historiadora Carol Oliveira, militante do MPL. "Na política o legado de junho de 2013 é tudo isso que está surgindo agora. Para o bem e para o mal."

Indagada sobre o crescimento dos movimentos conservadores tanto nas ruas quanto no meio político, a historiadora diz sentir "vergonha alheia", mas isenta o MPL de responsabilidade.

"O conservadorismo nunca deixou de existir. A diferença é que agora ele se manifesta de maneira espetaculosa, com danças e coreografias. Mas não nos sentimos responsáveis, até porque não fomos os únicos autores daquilo que aconteceu em 2013. O mérito é de todo mundo que foi para a rua com a gente e de toda a exposição midiática. Aquilo não estava na nossa mão desde o primeiro dia", afirmou.

Foco

O movimento, que sempre fez questão de ressaltar seu caráter apartidário e independente de qualquer governo, trata a crise política e econômica de forma lateral e, apesar de toda exposição conquistada em 2013, mantém-se focado na defesa da melhoria do transporte público - motivo de existência do coletivo há mais de 10 anos, principalmente na periferia de São Paulo .

"Nossa luta não passa pela Avenida Paulista. Não é que não se discuta o impeachment na periferia, mas nossa maior preocupação hoje é com as licitações e a operação dos ônibus."

Segundo Carol, o MPL ainda não se debruçou nem sequer sobre os efeitos do ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ou a Agenda Brasil proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros ( PMDB -AL). "Essas coisas aconteceram faz pouco tempo, ainda não deu tempo", tentou justificar, embora o pacote fiscal seja tema de debates desde o início do ano.

De acordo com ela, apesar da postura discreta nos últimos anos, o MPL teve um aumento de 30% no número de militantes ativos desde as jornadas de junho de 2013.

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