Brasil

Deltan diz que "não há como concordar" com decisão de Fux sobre Queiroz

Ministro do Supremo suspendeu investigação sobre ex-assessor após Flávio Bolsonaro alegar foro privilegiado

Deltan Dallagnol: Para procurador, não cabe fora privilegiado por se tratar de caso prévio ao mandato (José Cruz/Agência Brasil)

Deltan Dallagnol: Para procurador, não cabe fora privilegiado por se tratar de caso prévio ao mandato (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 17h57.

Última atualização em 17 de janeiro de 2019 às 18h11.

São Paulo - O procurador federal Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, criticou a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre as movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

"Com todo o respeito ao Min. Fux, não há como concordar com a decisão, que contraria o precedente do próprio STF. Tratando-se de fato prévio ao mandato, não há foro privilegiado perante o STF. É de se esperar que o Min. Marco Aurélio reverta a liminar", escreveu Deltan em seu perfil no Twitter.

Deltan se junta a um grupo bastante heterogêneo de críticos da decisão, anunciada nesta quinta-feira, 17. Além dele, comentaram o caso desde membros do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem Pra Rua até integrantes de PT e PSOL, entre outros.

A repercussão sobre a decisão de Fux fez o caso ocupar metade da lista de Trend Topics do Twitter esta tarde. Dos dez assuntos mais comentados, cinco são relacionados ao caso: "Queiroz", "Flávio Bolsonaro", "Luiz Fux", "Supremo" e "O STF".

Acompanhe tudo sobre:Fabrício QueirozFlávio Bolsonaro

Mais de Brasil

Avião cai em Gramado, na Serra Gaúcha, e não deixa sobreviventes

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'