Votação: se os discursos dos deputados se estenderem muito, o caminho para encurtar a sessão é a apresentação de um requerimento de encerramento de discussão (Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2016 às 12h12.
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), calculou que, se for mantido o ritmo da manhã deste sábado, 16, da discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os pronunciamentos dos partidos serão encerrados às 22h de hoje. Em seguida, começarão os discursos individuais dos deputados.
Cunha disse que está mantida a previsão de iniciar a sessão de votação do impeachment às 14h deste domingo, 17. Como aconteceu de sexta para sábado, as sessões continuarão pela madrugada.
Se os discursos dos deputados se estenderem muito, o caminho para encurtar a sessão, segundo Cunha, é a apresentação de um requerimento de encerramento de discussão.
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O requerimento pode ser apresentado depois de pelo menos três discursos a favor e três discursos contra o afastamento da presidente. O problema é que estão inscritos 179 deputados para discursar (170 a favor do impeachment e 79 contra).
"Neste ritmo, até as dez da noite acaba (a discussão dos partidos). Se os atrasos se sucederem, a gente vai ter requerimento de encerramento de discussão. Se for preciso, (o requerimento) vai a voto", afirmou Cunha.
O presidente lembrou que, durante a madrugada, muitos deputados inscritos não aparecem para discursar.
Temer
Cunha disse acreditar que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) decidiu voltar de São Paulo para Brasília para reagir a "ataques", mas não especificou que tipo de ofensiva seria.
Desde a noite de sexta-feira, o governo anuncia ter conseguido novos votos contra o impeachment - especialmente depois da ação de governadores aliados da presidente Dilma Rousseff que viajaram para Brasília para negociar com parlamentares de seus Estados.
Questionado sobre o retorno de Temer a Brasília, Cunha responde: "Não falei com ele, mas acho que houve ataques muito grandes e ele deve ter voltado para reagir".
O presidente da Câmara não quis comentar a guerra de números entre governistas e oposicionistas na previsão de votos a favor e contra a continuidade do processo de impeachment. "Não faço acompanhamento de votos", respondeu.
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