Cunha diz a aliados que deve soltar impeachment nesta semana
Tanto Crema quanto Bicudo e Reale protocolaram dois pedidos, mas apenas um de cada inclui a prática das chamadas pedaladas fiscais neste ano
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 16h45.
Brasília - Irritado com a decisão do PT de declarar voto contrário a ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse a aliados nesta quarta-feira, 2, que não deve soltar hoje o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas a medida deve ser tomada até o final da semana.
Um interlocutor próximo ao peemedebista disse que ele deve se manifestar sobre todos os sete pedidos que estão sobre sua mesa.
Dois requerimentos são considerados os mais consistentes, o do advogado Luis Carlos Crema e o dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Tanto Crema quanto Bicudo e Reale protocolaram dois pedidos, mas apenas um de cada inclui a prática das chamadas pedaladas fiscais neste ano.
De acordo com relatos de pessoas que conversaram com Eduardo Cunha, ele ficou revoltado com a postura do PT, que, no início da tarde, fechou questão para seus três representantes no Conselho de Ética - Zé Geraldo (PA), Valmir Prascidelli (SP) e Leo de Brito (AC)- votarem pela continuidade do processo de quebra de decoro parlamentar que pode culminar com a cassação do presidente da Câmara.
Horas antes do anúncio, Eduardo Cunha havia recebido do Planalto a sinalização de que os três votos seriam favoráveis a ele. Líderes partidários ligados a ele conversaram no final da manhã desta quarta com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) e haviam recebido a sinalização pró-Cunha do representante do governo.
Nesta tarde, após a sessão relâmpago do conselho, a bancada petista no colegiado manteve o tom das críticas a Eduardo Cunha. "O risco continua, a instabilidade continua.
O presidente Cunha não é confiável, ele não pensa no Brasil", disse Zé Geraldo. "Achamos que ele (Cunha) vai repensar a sua posição. O povo brasileiro vai confirmar que ele tinha uma espada e fica nos chantageando", afirmou.
Até esta terça-feira, 1, não havia consenso entre os três deputados e eles se viram em uma "saia justa" por causa da divergência de posicionamentos de governo e PT.
"Chegou um momento em que não dá para você servir a dois senhores", disse Zé Geraldo. "Se Cunha soltar o impeachment, não seremos, nós três, os únicos responsáveis. Será a bancada toda e o PT responsabilizado", afirmou o deputado.
Brasília - Irritado com a decisão do PT de declarar voto contrário a ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse a aliados nesta quarta-feira, 2, que não deve soltar hoje o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas a medida deve ser tomada até o final da semana.
Um interlocutor próximo ao peemedebista disse que ele deve se manifestar sobre todos os sete pedidos que estão sobre sua mesa.
Dois requerimentos são considerados os mais consistentes, o do advogado Luis Carlos Crema e o dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Tanto Crema quanto Bicudo e Reale protocolaram dois pedidos, mas apenas um de cada inclui a prática das chamadas pedaladas fiscais neste ano.
De acordo com relatos de pessoas que conversaram com Eduardo Cunha, ele ficou revoltado com a postura do PT, que, no início da tarde, fechou questão para seus três representantes no Conselho de Ética - Zé Geraldo (PA), Valmir Prascidelli (SP) e Leo de Brito (AC)- votarem pela continuidade do processo de quebra de decoro parlamentar que pode culminar com a cassação do presidente da Câmara.
Horas antes do anúncio, Eduardo Cunha havia recebido do Planalto a sinalização de que os três votos seriam favoráveis a ele. Líderes partidários ligados a ele conversaram no final da manhã desta quarta com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) e haviam recebido a sinalização pró-Cunha do representante do governo.
Nesta tarde, após a sessão relâmpago do conselho, a bancada petista no colegiado manteve o tom das críticas a Eduardo Cunha. "O risco continua, a instabilidade continua.
O presidente Cunha não é confiável, ele não pensa no Brasil", disse Zé Geraldo. "Achamos que ele (Cunha) vai repensar a sua posição. O povo brasileiro vai confirmar que ele tinha uma espada e fica nos chantageando", afirmou.
Até esta terça-feira, 1, não havia consenso entre os três deputados e eles se viram em uma "saia justa" por causa da divergência de posicionamentos de governo e PT.
"Chegou um momento em que não dá para você servir a dois senhores", disse Zé Geraldo. "Se Cunha soltar o impeachment, não seremos, nós três, os únicos responsáveis. Será a bancada toda e o PT responsabilizado", afirmou o deputado.