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AO VIVO: CPI da Covid ouve suposto lobista da Precisa Medicamentos

A Justiça Federal em Brasília autorizou, na segunda-feira, 13, a condução coercitiva de Marconny, caso ele se recuse a ir à sessão sem justificativa

CPI da Covid (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 15 de setembro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 15 de setembro de 2021 às 10h32.

A CPI da Covid deve ouvir nesta quarta-feira, 15, o depoimento do advogado Marconny Faria, que teria atuado como lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou o contrato com o Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin .

A Justiça Federal em Brasília autorizou, na segunda-feira, 13, a condução coercitiva de Marconny, caso ele se recuse a ir à sessão sem justificativa. O depoimento estava marcado inicialmente para o último dia 2, mas o advogado apresentou um atestado médico e não compareceu. Depois, o médico que concedeu o atestado anulou o documento.

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Marconny recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não precisar depor, mas o pedido dele foi negado pela Corte. Antes do depoimento marcado para o dia 2, a ministra Cármen Lúcia concedeu a ele o direito de não responder a perguntas que pudessem incriminá-lo, mas não o liberou de ir à CPI.

No requerimento de convocação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aponta que a CPI conseguiu arquivos com trocas de mensagem entre Marconny e o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Eles teriam se conhecido na casa de Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro.

Os dois teriam falado sobre um contrato de 12 milhões de testes de covid-19 entre a Precisa e o Ministério da Saúde. “A CGU aponta evidências de tentativa de interferência no processo de chamamento público para contratação direta de 12 milhões de testes de Covid-19 com a ajuda de Roberto Dias, para beneficiar a empresa Precisa Medicamentos”, diz Randolfe, no requerimento.

As mensagens, segundo o senador, reforçam as suspeitas sobre a atuação de Roberto Dias no ministério e “deixam claro existir de fato um mercado interno na pasta que busca facilitar compras públicas e beneficiar empresas, assim como o poder de influência da empresa Precisa Medicamentos antes da negociação da vacina Covaxin”.

 

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