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Covid-19 aumentou em 16,8% o número de mortes no Brasil em 2021, afirma IBGE

Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 2

Em 2020, o Brasil já tinha registrado um aumento significativo na mortalidade, 1,557 milhão de óbitos, 15,3% a mais que em 2019 (AFP/AFP)

Em 2020, o Brasil já tinha registrado um aumento significativo na mortalidade, 1,557 milhão de óbitos, 15,3% a mais que em 2019 (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2022 às 12h27.

No segundo ano da pandemia de covid-19 no Brasil, o País registrou 1,818 milhão de óbitos, um salto de 16,8% no número de mortes em relação ao ano anterior. Em 2020, o Brasil já tinha registrado um aumento significativo na mortalidade, 1,557 milhão de óbitos, 15,3% a mais que em 2019.

Para se ter uma ideia do impacto da doença, de 2010 a 2019, o crescimento anual médio do número de óbitos no País foi de 1,1%. Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 2.

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Entre 2020 e 2021, o Brasil teve 22,3 milhões de casos de covid-19, que resultaram em mais de 630 mil mortes confirmadas pela doença. No primeiro ano de pandemia, registros do Ministério da Saúde confirmaram 7,7 milhões de casos e 212,7 mil mortes. Em 2021, o número de casos praticamente dobrou, alcançando 14,6 milhões, que resultaram em 420,3 mil mortes.

O estudo mostra um salto no total de óbitos em 2020 nas cinco Grandes Regiões do País, que variaram de aumento de 7,6% ante 2019 na Região Sul a elevação de 27,2% no Norte. "Refletindo as grandes dificuldades iniciais na implementação de medidas preventivas, controle e tratamento e o colapso do sistema de saúde em alguns locais e momentos, principalmente devido ao insuficiente acesso a leitos hospitalares e de Unidade de Terapia Intensiva - UTI no País", justificou o estudo do IBGE.

"Já em 2021, duas situações foram observadas: aceleração do crescimento nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; e desaceleração do crescimento nas Regiões Norte e Nordeste", apontou o levantamento.

Este último cenário, segundo o IBGE, provavelmente se deu por uma conjunção de fatores:

- Aparecimento de novas variantes da covid-19, com suas diferentes características clínicas e epidemiológicas;

- Contexto social, econômico e político para o enfrentamento da pandemia;

- Precária articulação nacional com governos regionais e locais nas ações de enfrentamento;

- Desigualdades regionais e locais na disponibilidade de recursos físicos e humanos para a saúde;

- Impactos positivos da vacinação, reduzindo principalmente a letalidade e os casos graves, majoritariamente nos grupos mais vulneráveis, que foram priorizados nas etapas iniciais do programa de vacinação, que se iniciou no Brasil em 17 de janeiro de 2021.

Maior taxa de letalidade

Segundo o IBGE, a maior taxa de letalidade, que mostra a proporção de mortes em relação ao número de casos, foi de 7,0%, registrada na 18ª semana epidemiológica de 2020, que se estendeu de 26 de abril e 2 de maio. A taxa se estabilizou em 2,9% partir da 32ª semana epidemiológica (de 8 a 14 de agosto) de 2021, quando a cobertura vacinal da primeira dose chegou próxima a 55% da população.

Em 2021, a maior incidência de mortes por covid-19 foi entre os homens brancos (30,8%), seguidos pelas mulheres brancas (25,3%), homens pretos ou pardos (22,8%) e mulheres pretas ou pardas (17 8%).

O número de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) por 1.000 habitantes caiu na última década, passando de 1,73 leito SUS em 2010 a 1,47 em 2021. O menor valor foi observado em 2019, 1,42 leito. Já a taxa de leitos não-SUS por 1.000 beneficiários de planos de saúde era de 8,93 em 2010 e passou a 4,86 leitos em 2021.

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