Conversa com Temer foi tranquila, diz Geddel
Após tomar conhecimento sobre a possibilidade de ser aberto um processo contra, Geddel ligou para o Conselho de Ética dizendo que apoiava a medida
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 17h08.
Última atualização em 21 de novembro de 2016 às 17h08.
Brasília, 21 - No centro da nova crise que atingiu o Palácio do Planalto, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) se reuniu nesta segunda-feira, 21, com o presidente Michel Temer .
O encontro, realizado no gabinete do presidente no Palácio, ocorreu pouco depois de a maioria dos integrantes da Comissão de Ética Pública da Presidência da República se posicionar pela abertura de um processo contra o ministro.
"A conversa foi tranquila", afirmou Geddel à reportagem. Questionado se Temer havia dado apoio, o ministro respondeu rapidamente: "Claro, claro." Segundo auxiliares do Palácio, o presidente Michel Temer deve fazer um pronunciamento a favor de Geddel na tarde desta segunda-feira por meio do porta-voz. Além da conversa de hoje, eles teriam mantido contato ao longo do final de semana por telefone.
À reportagem, Geddel também falou que, após tomar conhecimento sobre a possibilidade de ser aberto um processo contra ele na Comissão de Ética, ligou para integrantes do colegiado dizendo que apoiava a medida e pediu celeridade.
"Liguei para o presidente da Comissão e pedi para que fosse revista a iniciativa de adiar a decisão sobre o processo. Vamos fazer isso logo", ressaltou.
Apesar da maioria (cinco dos sete) dos integrantes declararem favoráveis, o processo não foi aberto imediatamente porque um dos conselheiros pediu vista - o que adiará a decisão para 14 de dezembro. Os conselheiros podem mudar o voto até a decisão final.
Geddel não participou da reunião Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, comandada na manhã de hoje pelo presidente Michel Temer. O ministro chegou ao Palácio do Planalto, por volta das 12h45, logo após o encerramento do evento que contou com a participação de representantes da sociedade civil, empresários, sindicalistas e políticos.
O ministro foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo para liberar a construção de um edifício em Salvador, empreendimento em que também teria uma unidade.