Brasil

Começa nova reunião do gabinete de monitoramento no Planalto

Gabinete foi criado para acompanhar a situação do país e analisar as ações adotadas após o decreto de Garantia da Lei e da Ordem

Temer: o presidente participa da reunião (Adriano Machado/Reuters)

Temer: o presidente participa da reunião (Adriano Machado/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 26 de maio de 2018 às 18h18.

Começou há pouco mais uma reunião do gabinete de monitoramento no Palácio do Planalto. O grupo discute a situação do país no momento e atualiza as ações para o desbloqueio das estradas pelos caminhoneiros, que chegam ao sexto dia de protesto contra a alta dos preços dos combustíveis. O presidente Michel Temer participa da reunião.

De acordo com a última atualização, do final da manhã, 596 pontos estavam bloqueados pela ação de caminhoneiros, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o gabinete de crise da Presidência da República. Outros 544 foram liberados.

Nesta tarde, o presidente Michel Temer publicou, em edição extra do Diário Oficial da União decreto que autoriza que motoristas de qualquer órgão ou entidade da administração pública e militares das Forças Armadas conduzam os caminhões com cargas consideradas essenciais.

Hoje (26) pela manhã, ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, após a primeira reunião do grupo apelou aos caminhoneiros para que voltem às atividades. Segundo ele, a Polícia Federal (PF) pediu a prisão de empresários suspeitos de incitar o movimento de paralisação, fato chamado locaute. Ele avisou que haverá a aplicação de multa de R$ 100 mil para aqueles que se recusarem a cumprir o acordo.

Locaute vem do inglês lock out e designa greve de trabalhadores com apoio da classe patronal, o que é ilegal e punível com prisão e multa.

O gabinete foi criado para acompanhar a situação do país com a greve dos caminhoneiros e para analisar as primeiras ações adotadas após o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) editado pelo governo ontem (25), determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas.

Também em Brasília, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, reuniu-se nesta tarde no Quartel-General com o Ministro da Defesa, Silva e Luna, comandantes de Forças, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e generais para atualização da situação. Por meio do Twitter, Villas Boas disse que “nas ações, o foco prioritário é a resolução da crise sem conflitos”.

No Planalto, participam da reunião da manhã de hoje, além do presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o ministro da Justiça, Torquato Jardim; o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro; o ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki; o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen; a advogada-geral da União, Grace Maria Fernandes Mendonça; o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann; o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Borges Dias; o deputado Osmar Terra (MDB/RS), e o general de Divisão José Eduardo, representante do Ministro da Defesa.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosCombustíveisGrevesMichel Temer

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos