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COI não irá tolerar cartazes políticos em arenas, diz jornal

"Queremos as arenas limpas", disse Mario Andrada, diretor de Comunicações da Rio 2016, ao Estadão


	Torcedores sem cartazes: "Queremos as arenas limpas", diz diretor
 (Thinkstock)

Torcedores sem cartazes: "Queremos as arenas limpas", diz diretor (Thinkstock)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 7 de agosto de 2016 às 16h43.

São Paulo - Os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio e o COI (Comitê Olímpico Internacional) não vão tolerar cartazes políticos levados por torcedores nas arenas, informou o site do jornal O Estado de S.Paulo neste domingo (7).

Segundo a publicação, as pessoas que insistirem em levantar placas com esse tipo de conteúdo durante as competições serão "gentilmente retiradas" dos locais onde ocorrem as disputas.

"Queremos as arenas limpas", disse Mario Andrada, diretor de Comunicações da Rio 2016, ao Estadão. A fala do diretor veio depois que manifestantes conseguiram acessar alguns locais de competições com cartazes políticos.

As vaias e cantos com esse tipo de conteúdo, segundo Andrada, não serão vetadas. "Se isso não fosse aceito, metade do Maracanã teria sido esvaziado", afirmou o diretor ao jornal, se referindo à cerimônia de abertura dos Jogos, na última sexta-feira, quando houve vaias ao presidente em exercício Michel Temer

A postura dos organizadores da Rio 2016 e do COI se baseia em uma interpretação do decreto de lei assinado pela presidente afastada Dilma Rousseff em maio, no qual foram estabelecidas regras para os Jogos Olímpicos.

De acordo com o texto, o torcedor "não pode portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, de caráter racista ou xenófobo ou que estimulem outra forma de discriminação".

Ainda segundo a lei, o torcedor não pode "utilizar bandeiras para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável".

Andrada ressaltou, em entrevista ao Estadão, que as pessoas são livres para se manifestar fora das arenas. "Esses locais são templos para entendimento e esporte. Precisamos estar focados nisso", disse ao jornal.

"Estamos explicando ao público que isso não será tolerado. (...) Queremos uma separação de questões políticas. Quebra o princípio dos Jogos", completou o diretor. 

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