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Cid Gomes defende portaria que dificultou acesso ao Fies

A partir de abril de 2015, será exigida uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para obter acesso ao financiamento


	Cid Gomes: "Acho que [padrão mínimo para ingresso] está em sintonia com a busca de qualidade de ensino"
 (José Cruz/ABr)

Cid Gomes: "Acho que [padrão mínimo para ingresso] está em sintonia com a busca de qualidade de ensino" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 17h32.

Brasília - O ministro da Educação, Cid Gomes, defendeu nesta terça-feira, 13, portaria publicada em dezembro do ano passado que dificulta o acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa voltado para o financiamento da graduação no ensino superior de alunos de instituições privadas.

A partir de abril de 2015, será exigida uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para obter acesso ao financiamento.

A portaria do MEC também proíbe que o aluno receba simultaneamente recursos do Fies e bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni), que concede bolsas integrais e parciais para instituições privadas de ensino superior.

A exceção ocorre quando se tratar de bolsa parcial e ambos os recursos se destinarem ao mesmo curso, da mesma instituição.

"No ano passado foi feita uma portaria que estabelece um padrão mínimo para o ingresso dos alunos. Acho que está em sintonia com a busca de qualidade de ensino", disse o ministro a jornalistas, depois de participar de coletiva de imprensa para apresentar resultados da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Conforme informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, as incertezas acerca dos efeitos práticos das medidas do MEC, que alteram o funcionamento do Fies, principal impulsionador do crescimento do ensino presencial privado nos últimos anos, têm levado investidores a optar pela venda dos papéis do setor de educação.

Questionado sobre a queda nas ações dessas empresas, Cid comentou: "Eu não entendo muito de bolsa, não. Quero trabalhar pela educação, focando na questão da qualidade na educação pública."

Segundo estimativas da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), a medida deverá reduzir em 20% o número de jovens beneficiados com as políticas educacionais no setor privado.

"Está escalado o secretário-executivo (do MEC, Luiz Cláudio Costa) pra tratar (disso). Já teve uma, duas e vai ter a terceira reunião", disse o ministro, sem informar a data.

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