Bicicletas: organizadores da manifestação pretendem acampar na ciclovia da tarde de sábado até o começo da noite de domingo, 06 (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 16h36.
São Paulo - Ciclistas organizam, via rede social, um protesto contra a interdição de quatro quilômetros da ciclovia às margens do Rio Pinheiros. Será no sábado, 05. A partir da segunda-feira, 07, a pista ficará fechada durante dois anos por causa das obras da nova Linha 17-Ouro. As bicicletas não poderão circular entre as estações Granja Julieta e Vila Olímpia da Linha 9-Esmeralda.
Os organizadores da manifestação pretendem acampar na ciclovia da tarde de sábado até o começo da noite de domingo, 06. Eles pedem que a Companhia do Metrô apresente alternativas seguras para que os ciclistas possam fazer o mesmo trajeto.
"Ninguém é contra o transporte público, o que nós queremos é uma opção para andar de bicicleta com segurança", explica Rodrigo Vicentim, 34, criador da página do evento. Ele reclama que o processo de decisão foi impositivo. "Existem vários grupos de ciclistas engajados, prontos para auxiliar a prefeitura na busca da mobilidade urbana. Em nenhum momento essas pessoas foram consultadas", lamenta.
Segundo a Companhia do Metrô, a interdição garante a segurança dos ciclistas enquanto durarem as obras. A empresa lembra que, dos 21,5 quilômetros da ciclovia, 17,3 continuam funcionando normalmente.
Para os organizadores, porém, o problema permanece, já que a obra bloqueia quatro quilômetros da pista. "A ciclovia funciona não apenas para o lazer, mas como um meio seguro de deslocamento entre a Vila Olímpia e Interlagos. Ao fechá-la, você impede que pessoas que usam a via diariamente transitem por ali", afirma Vicentim.
Quando estiver pronta, a Linha 17-Ouro vai ligar o Jabaquara ao Estádio do Morumbi, passando pelo Aeroporto de Congonhas. No total, serão criados 17,7 quilômetros de monotrilhos ligando as 18 estações e atendendo 400 mil pessoas todos os dias. No trecho interditado, a Companhia pretende instalar 66 pilares e 132 vigas.
O Metrô calcula que a ciclovia, que foi inaugurada em 2010 pela CPTM, receba cerca de 600 ciclistas nos dias úteis. Nos finais de semana esse número sobre para quase quatro mil.
A concentração do protesto está marcada para as 18h, embaixo da Ponte Estaiada. Na página do evento, no Facebook, os organizadores pedem um movimento pacífico e convidam as famílias dos ciclistas para participar.