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China compra por R$ 2 bilhões mineradora que produz estanho e atua próximo a reserva de urânio no AM

A Taboca atua no Amazonas, em área próxima a uma promissora reserva de urânio

Publicado em 28 de novembro de 2024 às 09h59.

Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 08h14.

Esta matéria foi atualizada às 8h04 da sexta-feira, 29, para corrigir a primeira versão publicada no dia anterior, que dizia que China havia comprado uma reserva de urânio no Amazonas. O mineral é considerado de monopólio da União e a Constituição determina que não pode ser explorado por empresas privadas nacionais ou estrangeiras. Na verdade, a empresa chinesa comprou a mineradora que atua na região.

A empresa chinesa China Nonferrous Trade (CNT) comprou a Mineração Taboca, que atua na exploração de estanho no Amazonas por US$ 340 milhões, cerca de R$ 2 bilhões. A CNT é uma subsidiária, que pertence ao governo chinês.

O mineral é encontrado em associação a urânio em baixo teor, ou seja, em quantidade insuficiente para comercialização, segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

A operação, firmada pela Minsur S.A – empresa peruana que controla a Taboca –, foi comunicada em 26 de novembro ao governo do Amazonas. 

No comunicado, a empresa diz que naquela terça transferiu 100% de suas ações aos chineses. “Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca”, diz o comunicado. O texto afirma que o acordo foi firmado pela Minsur S.A., que é uma empresa peruana que controla a Taboca.

A Taboca explora estanho na mina de Pitinga, localizada no município amazonense de Presidente Figueiredo. Assessor da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, Ricardo Gutterres esclareceu que a mina é exclusivamente de estanho, e que minerais nucleares como o urânio podem ser detectados, mas em quantidades baixas e sem relevância de comercialização.

"Esse material fica no próprio rejeito da mina", diz. "A negociação (entre a CNT e a Minsur) não é em torno da venda de uma reserva de urânio, que é monopólio federal."

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