São Paulo, 18 nov (EFE).- Pelo menos duas pessoas morreram em um tiroteio na área metropolitana de São Paulo, nesta madrugada, o que faz com o que número de vítimas mortais em ações violentas registradas desde a noite de sexta-feira chegue a dez, segundo informações divulgadas por fontes policiais.

Na cidade de Guarulhos, dois jovens morreram e um terceiro ficou ferido por conta dos disparos efetuados por homens armados que passavam de moto no parque Santos Dumont.

No Capão Redondo, zona sul de São Paulo, um guarda que fazia a segurança de um supermercado foi baleado e está em estado grave, segundo um porta-voz policial citado pela 'Agência Estado'.

Segundo o relato de testemunhas, dois homens em uma moto abriram fogo contra a vítima, que pode ter sido confundida com um agente, pois estava em um veículo emprestado por um policial.

Com estas vítimas, chega a dez o número de mortos em tiroteios e enfretamentos com as forças de segurança registrados em São Paulo e em sua área metropolitana desde a noite de sexta-feira.

No acontecimento mais grave, cinco jovens morreram ao serem baleados por desconhecidos na noite de sexta-feira, no bairro de Cidade Ademar.

Desde o início de outubro, uma onda de violência sacode a principal cidade do Brasil e já fez 250 vítimas mortais, porém o balanço da Secretaria de Segurança Pública será divulgado apenas no final do mês.

Além disso, neste ano mais de 90 agentes policiais, muitos deles fora de serviço, morreram baleados.

As autoridades não ofereceram, até o momento, uma explicação contundente sobre a origem da violência, mas suspeitam de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e armas, nascida em 1997, no interior das prisões do estado de São Paulo e com ramificações em todo o país.

Segundo o jornal 'O Estado de São Paulo', em 28 de maio, forças policiais mataram a seis membros desse grupo criminoso, um deles após ser desarmado pelos agentes.

De acordo com esta versão, o grupo tomou nota da ação e em 8 de agosto enviou uma carta na qual prometeu a morte de dois agentes policiais por cada membro da organização criminoso assassinado. EFE