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Carlos Bolsonaro reativa conta no Twiiter, após quase 1 mês fora das redes

Na descrição do perfil, vereador escreveu: "ainda podendo opinar sobre o que achar pertinente"; perfis de Carlos estavam desativados desde novembro

Carlos Bolsonaro: interlocutores do Palácio do Planalto afirmaram, na época, que a saída do vereador das redes foi uma determinação do presidente, que estaria incomodado com postagens do filho (Caio César/CMRJ/Agência Brasil)
AO

Agência O Globo

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 12h21.

Rio de Janeiro — Após quase um mês fora das redes sociais, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) reativou sua contas no Twitter. Na descrição do perfil dele, o vereador escreveu: "vereador da cidade do Rio de Janeiro (ainda podendo opinar sobre o que achar pertinente)"  e postou neste domingo um curto vídeo, mas não fez ainda comentários sobre a política. Em novembro, o filho do presidente Jair Bolsonaro tirou do ar suas páginas no Twitter, Facebook e Instagram.

Na época, interlocutores de Bolsonaro no Palácio do Planalto atribuíram ao presidente a saída do filho das redes. Segundo esses aliados, Bolsonaro vinha mostrando incômodo com as publicações do “02”, em especial aquelas que criticavam o Supremo Tribunal Federal (STF), instituição que ele vem deixando fora da linha de tiro, como informou a colunista Bela Megale.

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Carlos é considerado um dos principais responsáveis por criar a estratégia digital de Jair Bolsonaro nos últimos três anos, quando a candidatura presidencial começou a ser construída.

Pelo Twitter, ele deflagrou a primeira crise no coração do Palácio do Planalto ao atacar Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O comportamento, porém, não é exceção. O “pitbull” da família usa a rede social como uma metralhadora giratória.

É de Carlos também a ideia de atacar mais ferozmente adversários de esquerda e a imprensa. A conduta causou conflito entre os que sempre defenderam uma estratégia mais moderada para Bolsonaro.

Em fevereiro deste ano, O GLOBO analisou 500 tuítes feitos por Carlos entre 15 de dezembro e 15 de fevereiro e constatou que 72,2% das postagens feitas pelo parlamentar eram ataques . O alvo preferencial é a imprensa, mas também sobram bordoadas para a esquerda e até mesmo para aliados, como no episódio em que foi pivô da saída do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno.

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