Caos na Venezuela; Caiado: eleição já…
Reale: agora não tem corrupção O jurista Miguel Reale Junior, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, afirmou, em entrevista ao jornal Valor, que o presidente Michel Temer não consegue dialogar com a sociedade porque “vive encastelado em Brasília” e “envolto em corrupção”. Mas afirmou que, se não houvesse o impeachment, o […]
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 05h42.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.
Reale: agora não tem corrupção
O jurista Miguel Reale Junior, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, afirmou, em entrevista ao jornal Valor, que o presidente Michel Temer não consegue dialogar com a sociedade porque “vive encastelado em Brasília” e “envolto em corrupção”. Mas afirmou que, se não houvesse o impeachment, o país estaria em situação pior porque “não haveria os quatro processos contra Lula”. “Se Dilma tivesse permanecido, Lula seria ministro e estaria fazendo manobras, aliado a Renan Calheiros”. “A corrupção ficou no passado. Agora não tem corrupção, isso é o que importa”, afirmou.
–
Caiado: gesto maior
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), da base de sustentação do governo, defendeu a antecipação das eleições presidenciais. “Não adianta apenas conter gastos. Não sou contra o presidente, mas é hora de pensarmos em alguém que, ganhando as eleições, promova melhorias”, afirmou. “Basta o presidente encaminhar uma emenda constitucional antecipando não sé a eleição presidencial de 2018, mas também ase deputados e senadores. Por que arrastar a crise por dois anos? O desemprego só aumenta”, completou. Caiado foi candidato a presidente em 1989, e é um dos cotados para 2018.
–
Lindbergh suspenso
A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu os direitos políticos do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por quatro anos, em decisão anunciada na noite de sexta-feira. O parlamentar é acusado de ter permitido o uso promocional de sua imagem, entre 2007 e 2008, quando era prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e se candidatava à reeleição (conquistada por ele em 2008). Lindbergh promete recorrer da decisão.
–
O Tesouro premia
O Tesouro Nacional vai premiar estados e municípios que fizerem reformara para melhorar o equilíbrio fiscal, revela o jornal Valor. A novidade vai valer já em 2017, e vai funcionar como uma pontuação adicional para que estados e municípios em dificuldades consigam subir no ranking por ter feito ações saneadoras. Pelas regras da Lei de Responsabilidade Fiscal, quem tiver rating inferior a B não pode receber bônus ou tomar financiamentos, e as medidas de correção demoram a surtir efeitos. O Tesouro quer premiar que está no bom caminho.
–
Infraestrutura em queda
O Brasil deve fechar 2016 com o menor investimento anual em projetos de infraestrutura em 16 anos. Segundo estudo da Pezco Microanalysis divulgado pelo jornal Valor, os aportes devem ser 96 bilhões de reais menores do que em 2015, uma queda real de 6,2%. Os investimentos devem, assim, cair para menos de 1,5% do PIB, o que não acontecia desde 2000, início da série analisada. As áreas mais afetadas com os cortes foram as de energia elétrica e telecomunicações.
–
Venezuela aciona militares
A Venezuela acionou o exército para conter saques em pelo menos três Estados do país no fim de semana. Os saques são uma reação a mais um fracasso de Nicolás Maduro, um plano de troca de notas de bolívares que perderam seu valor de face com a inflação crescente. Maduro decidiu tirar abruptamente de circulação as cédulas mais populares do país, de 100 bolívares (dois centavos de dólar) e acelerar a entrada de bilhetes de até 20.000 bolívares (4 dólares). As novas cédulas demoraram a ficar prontas e os comerciantes já não queriam aceitar as antigas, o que levou a saques em dezenas de cidades. O prazo para troca das notas foi ampliado para o dia 2 de janeiro. Até lá, a fronteira com o Brasil permanecerá fechada.