Brasil

Mauro Iasi propõe iniciação científica na educação básica

Para o candidato à Presidência, proposta é fundamental para o avanço científico e tecnológico do país


	Mauro Iasi, do PCB: Iasi recebeu um documento com propostas que a academia está entregando a todos os candidatos à Presidência
 (Divulgação/Creative Commons/PCB)

Mauro Iasi, do PCB: Iasi recebeu um documento com propostas que a academia está entregando a todos os candidatos à Presidência (Divulgação/Creative Commons/PCB)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 12h53.

Rio de Janeiro - O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, disse hoje (25) que pretende incentivar a iniciação científica na educação básica brasileira. Segundo ele, a proposta é fundamental para garantir o avanço científico e tecnológico do país. A afirmação foi feita durante encontro com o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis.

No encontro, na sede da ABC, no Rio de Janeiro, Iasi recebeu um documento com propostas que a academia está entregando a todos os candidatos à Presidência. “Não é possível desenvolver uma política sustentável de ciência e tecnologia de longo prazo, se não criarmos uma base educacional, cultural na nossa sociedade. É necessária uma escola pública de qualidade universal e gratuita para todos, onde a gente possa desenvolver ali programas especiais de iniciação científica e iniciação ao desenvolvimento da pesquisa”, disse Iasi.

De acordo com Iasi, além desse incentivo à ciência e tecnologia nas escolas, é necessário também ter uma política de Estado, de longo prazo, para o setor. “A política de ciência e tecnologia no Brasil tem respondido a programas e linhas de financiamento que oscilam muito, na direção e na natureza, de governo para governo. Ou mesmo dentro de um mesmo governo”, afirma.

Um terceiro eixo de sua proposta para ciência e tecnologia é o estímulo à produção científica nacional. “As grandes empresas têm seus centros de desenvolvimento em tecnologia fora do país, desenvolvendo aqui o que é necessário, simplesmente transferindo tecnologia e conhecimento na medida de seus interesses, protegendo suas patentes. Reflexo disso é o pouco número de pesquisadores brasileiros envolvidos nas grandes empresas multinacionais”, disse.

Segundo ele, é importante ainda que o país tenha um controle maior sobre pesquisadores estrangeiros que se aproveitam, por exemplo, de recursos naturais brasileiros para desenvolver produtos farmacêuticos por empresas de outros países. Em relação ao gasto anual de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em ciência e tecnologia, segundo números da ABC, Iasi disse que o valor é pequeno e que é preciso investir mais.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEleiçõesEleições 2014GovernoPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos