Brasil

Cade firma novo acordo de leniência com Andrade Gutierrez

Na leniência, a empresa e seus executivos fornecem informações e provas sobre o cartel em troca de uma punição menor pelo conselho

Andrade Gutierrez: de acordo com o Cade, o acordo foi negociado por oito meses com a empresa (Bruno Kelly/Reuters)

Andrade Gutierrez: de acordo com o Cade, o acordo foi negociado por oito meses com a empresa (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 19h23.

Brasília, 30 - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) firmou acordo de leniência com a construtora Andrade Gutierrez em investigação de cartel em licitações para urbanização de favelas no Rio de Janeiro.

Espécie de delação premiada, o acordo é o quinto firmado no âmbito da Operação Lava Jato pelo conselho.

A suspeita é que as empresas tenham combinado preços das propostas e dividido o mercado na licitação para urbanização do Complexo do Alemão, Complexo de Manguinhos e da Comunidade da Rocinha, entre 2007 e 2008.

São investigadas, além da própria Andrade, as construtoras Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht, Delta, OAS, Queiroz Galvão, EIT - Empresa Industrial e Técnica, Camter Construções, Carioca Christiani Nielsen Engenharia e Caenge, além de 14 funcionários e ex-funcionários.

A licitação foi feita pela Secretaria de Estado de Obras do Rio de Janeiro e as obras foram pagas com recursos do governo federal.

Na leniência, a empresa e seus executivos fornecem informações e provas sobre o cartel em troca de uma punição menor pelo conselho.

De acordo com o Cade, o acordo foi negociado por oito meses com a Andrade Gutierrez. Além disso, o conselho tem acesso às informações da força-tarefa da Lava Jato.

Acompanhe tudo sobre:Andrade GutierrezOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ

Justiça suspende revisão que permitiria construção de condomínios nos Jardins

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas