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Brasil proíbe pesca da piracatinga na Amazônia até 2020

Para capturar o peixe, pescadores usam golfinhos amazônicos - em especial o boto-vermelho, também conhecido como boto-cor-de-rosa - e jacarés como isca


	Boto cor-de-rosa: medida é vitória da conservação da espécie, diz pesquisadora do Instituto Piagaçu
 (Anselmo d’Affonseca/Divulgação)

Boto cor-de-rosa: medida é vitória da conservação da espécie, diz pesquisadora do Instituto Piagaçu (Anselmo d’Affonseca/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 15h38.

São Paulo - Em conjunto, os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e Pesca e Aquicultura (MPA) assinaram instrução normativa que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga (Calophysus macropterus) na Amazônia pelos próximos cinco anos.

A moratória passa a valer a partir de janeiro de 2015.

Muito apreciada na Colômbia, a piracatinga é um peixe desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição.

Para capturá-lo, pescadores utilizam golfinhos amazônicos - em especial o boto-vermelho (Inia geoffrensis), também conhecido como boto-cor-de-rosa - e jacarés como isca.

A medida é uma vitória da conservação do boto-cor-de-rosa, afirma Sannie Brum, pesquisadora do Instituto Piagaçu (IPI).

Estimado em 15 toneladas anuais, o volume de pesca da piracatinga provoca a morte de 66 a 144 botos por ano, revela o estudo desenvolvido por Sannie. Na teoria, o limite seguro de mortes é apenas de 16 espécimes.

Além disso, a reprodução lenta é uma característica da espécie que contribui para sua vulnerabilidade. "Após cerca de dez meses de gestação a mãe pode cuidar de seu filhote por até quatro anos, então a inserção de outro boto na natureza é demorada", diz Sannie.

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