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Bolsonaro pretende anunciar ministérios completos até o fim do mês

Presidente eleito afirmou que irá buscar pessoas técnicas para cargos

Jair Bolsonaro: general Augusto Heleno, cotado para a Defesa, pode ficar com o Gabinete de Segurança Institucional (José Cruz/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 16h00.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 16h32.

Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que pretende anunciar até o final deste mês seu ministério completo e que sua ideia é colocar apenas pessoas técnicas nos cargos de primeiro escalão do governo.

Ao sair de reunião no comando da Marinha, Bolsonaro disse a jornalistas que o general Augusto Heleno, indicado inicialmente para ser titular do Ministério da Defesa, pode ser nomeado para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Nesse caso, afirmou, alguém da Marinha poderia assumir a pasta da Defesa.

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"Tenho o general Heleno, por exemplo, aqui, é da Defesa ou GSI... Quem é que pode se dar ao luxo de se privar da companhia de uma pessoa como o general Heleno ao seu lado? Eu gostaria sim, no que depender de mim ele virá para o GSI. Mas a Defesa está aberta para que ele, se achar que é melhor a Defesa, tudo bem", afirmou.

Questionado se pretendia anunciar o general Osvaldo Ferreira como ministro da Infraestrutura, o presidente eleito não quis confirmar. O próprio Ferreira, que estava ao lado de Bolsonaro na entrevista, também não comentou a possível nomeação para o ministério.

“A nossa preocupação é amadurecer o nome, os possíveis escolhidos se inteiram do que está acontecendo porque é uma tremenda responsabilidade e nós não podemos indicar alguém, anunciar, e depois haver um imprevisto, não queremos isso", afirmou.

"Temos cinco nomes até agora e todos os nomes estão bastante convictos do que querem. Nós temos necessidade, pretendemos até o final do mês anunciar o ministério completo."

Até o momento já foram anunciados como ministros, além do general Heleno, o economista Paulo Guedes (Economia), o juiz Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), o deputado Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e o astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

Segundo Bolsonaro, a tendência atual é não haver mais uma fusão entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, e o número total de pastas pode chegar 17. Ele declarou que Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Infraestrutura são os demais ministérios com conversas mais adiantadas.

O capitão da reserva disse ainda que deve passar por cirurgia para reverter colostomia em 12 de dezembro, e que passará cerca de uma semana no hospital, após ter sido submetido a duas operações por causa da facada que levou durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no começo de setembro.

Previdência

Bolsonaro disse que conversará na quarta-feira com o presidente Michel Temer sobre reforma da Previdência, e reafirmou que a melhor reforma "é aquela que passa na Câmara e no Senado".

"O que a gente puder salvar nessa reforma a gente salva. A melhor reforma não é a que eu quero ou minha equipe econômica quer, é aquela que passa na Câmara e no Senado", declarou.

Ele repetiu que espera que o Congresso aprove "alguma coisa" da reforma da Previdência ainda este ano.

“Não precisa ser os 65 (idade mínima) agora, se a gente conseguir 62, é um grande passo. O que, a conclusão que toda a equipe chegou é que não podemos terminar esse ano sem dar um passo sequer."

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