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Bolsonaro passará por bateria de exames em São Paulo

Evolução na recuperação é fundamental para realização de nova cirurgia. Data provável, 20 de janeiro, coincide com o Fórum Econômico Mundial

Hospital Albert Einstein: retirada de bolsa de colostomia ocorre 4 meses após atentado (Nacho Doce/Reuters)

Hospital Albert Einstein: retirada de bolsa de colostomia ocorre 4 meses após atentado (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 15h30.

Depois de cumprir uma agenda atribulada de reuniões com líderes partidários em Brasília, Jair Bolsonaro se afastará momentaneamente das articulações políticas para passar por exames no hospital Albert Einstein, em São Paulo, nesta quinta-feira, 13. A expectativa é que o presidente eleito possa ser submetido a uma cirurgia para retirar a bolsa de colostomia em 20 de janeiro, quatro meses depois do atentado sofrido durante um evento de campanha, em Juiz de Fora (MG).

No mês passado, Bolsonaro já tinha passado por uma bateria de exames que acabaram detectando uma “inflamação do peritônio e processo de inflamação entre as alças intestinais”, fazendo com que o procedimento fosse adiado. “Se o doutor Macedo achar na quinta-feira que estou em condições, posso baixar logo”, disse o presidente eleito, no sábado passado, 8, a jornalistas, referindo-se a Antonio Macedo que faz parte da junta médica que acompanha o caso desde setembro. “Eu não gostaria de ficar baixado uma semana depois, em janeiro”, acrescentou.

A preocupação com o pós-operatório se justifica: o Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne líderes das maiores economias globais, será realizado de 22 a 25 de janeiro, na Suíça, e Bolsonaro não apenas quer ir como já confirmou presença. Também devem participar do evento os ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Davos pode ser uma vitrine para o novo governo apresentar seus planos de recuperação da economia brasileira, que deve crescer 1,3% em 2018, de acordo com o relatório Focus do Banco Central, e cerca de 2% no próximo ano, segundo as projeções majoritárias.

Mas, antes disso, é o próprio Bolsonaro que precisa se recuperar. Ontem, ele fez flexões e até efetuou disparos em visita a tropa de elite, em Brasília. Se está realmente tudo bem com o presidente eleito, os exames desta quinta-feira devem confirmar.

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