Brasil

Bolsonaro afirma que assessora vendedora de açaí em Angra pediu demissão

"O crime dela foi dar água para os cachorros", disse o presidenciável, sobre os serviços prestados pela funcionária em sua residência no Rio de Janeiro

Bolsonaro: Segundo candidato, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade (Sergio Lima/Bloomberg)

Bolsonaro: Segundo candidato, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade (Sergio Lima/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 20h03.

Brasília - O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição pediu demissão hoje pela manhã. Segundo Bolsonaro, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade.

Ela foi apontada em reportagens do jornal "Folha de S. Paulo" como uma assessora fantasma do deputado que trabalhava em sua residência em Angra dos Reis e vendia açaí na cidade, no "Açai da Wal". O caso foi lembrado pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no debate entre os presidenciáveis realizado na última sexta-feira, na Band.

"O crime dela foi dar água para os cachorros", disse Bolsonaro a jornalistas, sobre os serviços prestados pela funcionária em sua residência no litoral do Rio de Janeiro.

Pelo site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente salário bruto de R$ 1.351,46. "Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso", disse.

Bolsonaro disse ainda que pode ser um dos alvos dos protestos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O movimento iniciou uma marcha à Brasília para dar apoio à inscrição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima quarta-feira da chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a presidente.

"Estou sabendo que o MST vai estar aqui a partir de hoje. Ações acontecerão em Brasília e, a princípio, eu sou uma pessoa que interessa para eles", disse ele a jornalistas nesta segunda-feira.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesEleições 2018Jair BolsonaroMST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem TerraRio de Janeiro

Mais de Brasil

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP