Twitter: menções sobre os presidenciáveis caíram 38% na semana entre 10 e 16 de outubro, para 10,5 milhões de tuítes (Kacper Pempel/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de outubro de 2018 às 12h48.
Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 14h22.
São Paulo - A pouco mais de uma semana do segundo turno da eleição, as menções sobre os presidenciáveis no Twitter caíram 38% na semana entre 10 e 16 de outubro, para 10,5 milhões de tuítes. A reta final da corrida eleitoral, entretanto, traz uma retomada do crescimento da atuação de robôs nas redes, com destaque para o grupo do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que respondeu por 70,7% dos tuítes identificados como sendo gerados por máquinas.
Os números fazem parte de um levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na semana avaliada, foram 852,3 mil publicações de robôs, o que correspondeu a 10,4% das interações totais registradas. O levantamento mapeou também 3.989 contas automatizadas no Twitter. Desde o fim de setembro, o uso de máquinas e ferramentas artificiais para influenciar os debates havia recuado.
"As contas automatizadas representaram 0,5% dos perfis no debate sobre os presidenciáveis e foram capazes de gerar 10,4% das discussões, cerca de 5 pontos porcentuais a mais do que na análise da semana passada", afirma o estudo. A base de apoio de Bolsonaro, segundo a DAAP-FGV, respondeu por 602,5 mil destes registros (70,7%), contra 240,2 mil de Haddad (28,2%).
O levantamento aponta que após a semana aquecida pela votação do primeiro turno, as menções aos presidenciáveis recuaram. A premissa vale sobretudo para citações relacionadas a Bolsonaro, que alcançaram 7,9 milhões (queda de 47,6%) no Twitter. O candidato Fernando Haddad (PT) bateu 3,9 milhões de tuítes, queda de 6,4%. "Como Bolsonaro registrou grande pico na semana anterior, sua queda é mais acentuada em volume total de citações", diz o relatório.
No Facebook, rede social mais usada no Brasil, a DAAP-FGV destacou a confirmação da tendência de aproximação entre os volumes de interação dos dois presidenciáveis, verificada na última semana. Entre 11 e 17 de outubro, "na página do candidato do PSL, o engajamento registra queda de 34%, chegando a 8,78 milhões de comentários, compartilhamentos e reações. Em movimento contrário, Haddad teve engajamento 20% superior, com um total de 5,65 milhões de interações". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.