Argumentos de Barbosa são tiro no pé da defesa, diz Nunes
Líder do Senado diz que as respostas do ex-ministro da Fazenda confirmam a tese de que decretos eram irregulares
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2016 às 17h56.
Brasília - O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), afirmou que, caso estivesse na mesma situação de Dilma Rousseff, não gostaria de ter o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa como testemunha de defesa.
Aloysio afirmou que Barbosa "joga água no moinho daqueles que querem o impeachment " da presidente afastada, pois as suas respostas confirmam a tese de que os decretos eram irregulares. "Esses argumentos são um verdadeiro tiro no pé da defesa", declarou.
Aloysio disse ainda que o governo de Dilma foi irresponsável. "O senhor está usando os argumentos que nos trouxeram a essa situação de crise, argumentos que o transformaram em ex-ministro e a presidente Dilma em ré", provocou o líder do governo de Michel Temer.
Após mais de cinco horas de sessão, Barbosa reafirmou que os decretos foram baseados com a legislação da época. "Tenho honra de ter participado desse projeto, que reduziu a pobreza e melhorou as condições do País".
Ele defendeu a gestão petista e disse que tem orgulho de ter participado do governo Lula e Dilma, com ressalvas ao segundo mandato a presidente, que disse que serviu para fazer "correções".
"Foi por causa dessa correção que os senhores (do governo Temer) não precisam mais se confrontar com o equacionamento de passivos de anos anteriores, e pensar em 2016." O ministro argumenta que o Orçamento de 2016 só não tem passivos para serem pagos porque sua gestão quitou, em dezembro de 2015, todos os pagamentos exigidos pelo Tribunal de Contas da União.
Antes de Aloysio, o senador Reguffe (sem partido-DF) fez uma fala a favor do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. "É o contribuinte que eu defendo (como senador) que vai pagar a conta de uma irresponsabilidade fiscal de um governo", disse.
Descontração
O plenário teve um breve momento de descontração com um ato-falho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Ao chamar o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) para que ele realizasse sua réplica, o presidente confundiu o nome do senador, chamando-o de Cristóvão Colombo, numa referência ao navegador e explorador do século XV.
O senador recebeu o acontecimento em tom de brincadeira. "Me sinto honrado", disse Buarque.
Durante seu tempo para perguntas, o senador questionou o ex-ministro da Fazenda sobre que linha a presidente afastada seguiria caso o processo de impeachment não seja aprovado pelo Congresso. Mas Barbosa não se comprometeu: "isso tem que ser perguntado a ela, que tem 54 milhões de votos para responder essa pergunta, eu não".
De forma diplomática, Buarque elogiou durante sua fala a postura de Nelson Barbosa, de Ricardo Lewandowski e de José Eduardo Cardozo, advogado da defesa de Dilma, mas disse que ainda não ficou convencido da inocência de Dilma.
Brasília - O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), afirmou que, caso estivesse na mesma situação de Dilma Rousseff, não gostaria de ter o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa como testemunha de defesa.
Aloysio afirmou que Barbosa "joga água no moinho daqueles que querem o impeachment " da presidente afastada, pois as suas respostas confirmam a tese de que os decretos eram irregulares. "Esses argumentos são um verdadeiro tiro no pé da defesa", declarou.
Aloysio disse ainda que o governo de Dilma foi irresponsável. "O senhor está usando os argumentos que nos trouxeram a essa situação de crise, argumentos que o transformaram em ex-ministro e a presidente Dilma em ré", provocou o líder do governo de Michel Temer.
Após mais de cinco horas de sessão, Barbosa reafirmou que os decretos foram baseados com a legislação da época. "Tenho honra de ter participado desse projeto, que reduziu a pobreza e melhorou as condições do País".
Ele defendeu a gestão petista e disse que tem orgulho de ter participado do governo Lula e Dilma, com ressalvas ao segundo mandato a presidente, que disse que serviu para fazer "correções".
"Foi por causa dessa correção que os senhores (do governo Temer) não precisam mais se confrontar com o equacionamento de passivos de anos anteriores, e pensar em 2016." O ministro argumenta que o Orçamento de 2016 só não tem passivos para serem pagos porque sua gestão quitou, em dezembro de 2015, todos os pagamentos exigidos pelo Tribunal de Contas da União.
Antes de Aloysio, o senador Reguffe (sem partido-DF) fez uma fala a favor do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. "É o contribuinte que eu defendo (como senador) que vai pagar a conta de uma irresponsabilidade fiscal de um governo", disse.
Descontração
O plenário teve um breve momento de descontração com um ato-falho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Ao chamar o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) para que ele realizasse sua réplica, o presidente confundiu o nome do senador, chamando-o de Cristóvão Colombo, numa referência ao navegador e explorador do século XV.
O senador recebeu o acontecimento em tom de brincadeira. "Me sinto honrado", disse Buarque.
Durante seu tempo para perguntas, o senador questionou o ex-ministro da Fazenda sobre que linha a presidente afastada seguiria caso o processo de impeachment não seja aprovado pelo Congresso. Mas Barbosa não se comprometeu: "isso tem que ser perguntado a ela, que tem 54 milhões de votos para responder essa pergunta, eu não".
De forma diplomática, Buarque elogiou durante sua fala a postura de Nelson Barbosa, de Ricardo Lewandowski e de José Eduardo Cardozo, advogado da defesa de Dilma, mas disse que ainda não ficou convencido da inocência de Dilma.