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Argentina trabalha para continuar relações com governo Temer

Malcorra insistiu na limpeza até o momento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff


	Susana Malcorra: "Agora há um governo interino a cargo do presidente Temer e o que estamos fazendo é um vínculo com esse novo governo"
 (Kim Kyung-hoon / Reuters)

Susana Malcorra: "Agora há um governo interino a cargo do presidente Temer e o que estamos fazendo é um vínculo com esse novo governo" (Kim Kyung-hoon / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 17h27.

Paris - A chanceler argentina, Susana Malcorra, afirmou nesta segunda-feira que o país trabalha com o governo do presidente interino do Brasil, Michel Temer, para assegurar "a continuidade das relações" bilaterais.

Em entrevista à Agência Efe em Paris, Malcorra insistiu na limpeza até o momento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Agora há um governo interino a cargo do presidente (Michel) Temer e o que estamos fazendo é um vínculo com esse novo governo que assegura a continuidade das relações", comentou.

Para ilustrar a situação, afirmou que entre os temas abordados com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, está a troca de ofertas do Mercosul com a União Europeia (UE).

"Do ponto de vista formal (o processo de impeachment de Dilma), foi feito sem que pudéssemos ver nenhuma objeção", contra os que dizem que foram violentados princípios democráticos, declarou a chefe da diplomacia argentina.

No entanto, acrescentou que é necessário continuar a observar "os próximos passos", nos quais "é preciso garantir que se cumpram todas as formas e regulamentações".

Malcorra afirmou que a situação no Brasil é um dos assuntos que tratou hoje em Paris com o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, mas que a reunião focou na crise na Venezuela.

"Achamos fundamental que haja um diálogo entre as partes para encontrar mecanismos de resolução deste conflito de múltiplos níveis, político, econômico e de abastecimento agora".

Quanto ao risco de a crise gerar uma explosão, Malcorra reconheceu que estão "firmemente preocupados" em primeiro lugar "pela situação dos venezuelanos", mas também porque o que pode ocorrer "tem um impacto sobre a região".

Perguntada sobre a pertinência de uma intermediação, a ministra argentina lembrou que a Unasul já tem aberto um esquema desse tipo que evoluiu.

De acordo com Malcorra, o momento é de estudar "quais são as opções para gerar essa facilitação, se as partes estiverem de acordo em levar isso adiante". 

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