A taxa de aprovação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu, em maio, o segundo pior resultado desde o início do mandato, de acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o instituto Sensus, divulgada nesta terça-feira (31/5). Do total de entrevistados, 57,4% aprovaram o desempenho pessoal de Lula. A porcentagem só é menor que os 54,1% registrados em junho do ano passado. Em abril, a taxa era de 60,1%.

Ao mesmo tempo, 32,7% dos entrevistados desaprovaram o presidente em maio, contra 29% em abril. Outros 10% não responderam ou não souberam avaliar a conduta de Lula. Segundo a pesquisa, a perda de popularidade pode ser reflexo das suspeitas de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que culminou com um movimento no Congresso, com apoio de parte da base aliada, para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. De acordo com a pesquisa, 86% dos entrevistados são favoráveis à abertura de investigações sobre o caso; outros 9,6% reprovam a investigação.

Eleições

Apesar da queda de popularidade, as simulações feitas pela pesquisa mostram que, se as eleições presidenciais fossem hoje, Lula bateria qualquer adversário e seria reeleito. Nas simulações de primeiro turno, com respostas espontâneas, suas intenções de voto variam de 23,2% a 39,7%, de acordo com a lista de concorrentes. No cenário mais desfavorável, Lula enfrentaria José Serra (3,6%), Fernando Henrique Cardoso (2,3%), Geraldo Alckmin (2,2%), Anthony Garotinho (1,9%), Ciro Gomes (1%).

Lula também seria reeleito em todas as simulações de segundo turno. Seu adversário mais forte, segundo a pesquisa, seria hoje o prefeito de São Paulo, José Serra, derrotado na disputa em 2002. Lula teria 49,7% dos votos, e Serra, 27,1%.

Na pesquisa CNT/Sensus, foram entrevistadas 2 000 pessoas em 195 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 24 e 27 de maio. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.