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Após tragédia, torcedores da Chapecoense fazem vigília em SC

Os torcedores fazem uma vigília e acompanham a chegada dos jogadores que não viajaram para a final da Copa Sul-Americana

Vigília: os chapecoenses se aglomeram no estacionamento do Centro de Eventos (Paulo Whitaker/Reuters)

Vigília: os chapecoenses se aglomeram no estacionamento do Centro de Eventos (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 11h40.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 11h42.

Cerca de 700 torcedores da Chapecoense se reúnem nos arredores do estádio Arena Condá, em Chapecó (SC), após o acidente envolvendo o avião que transportava a delegação do clube para Medellín, na Colômbia.

Os torcedores fazem uma vigília e acompanham a chegada dos jogadores que não viajaram para a final da Copa Sul-Americana.

Com os portões do estádio fechados, os chapecoenses se aglomeram no estacionamento do Centro de Eventos, onde entoam cânticos de apoio e realizam rodas de oração pelas vítimas.

Os jogadores que não viajaram com a delegação também chegam à Arena Condá em busca de mais informações. Todos visivelmente emocionados, chorando muito com a perda dos colegas e amigos. Parentes das vítimas permanecem na Arena Condá à espera de informações.

O clube

A tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense ocorre justamente no momento em que o clube catarinense buscava consolidação entre os grandes times de futebol do país.

O Verdão do Oeste, como é conhecido entre os torcedores, disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro pela terceira temporada consecutiva e já garantiu vaga antecipada para disputar a Copa Sul-Americana de 2017.

Fundado em 10 de maio de 1973, a Associação Chapecoense de Futebol passou a maior parte da história destacando-se em nível regional: até o fim dos anos 90, as principais conquistas do clube foram os títulos do Campeonato Catarinense de 1977 e 1996 e da Taça Santa Catarina de 1979.

Os primeiros anos do século 21 foram difíceis para os torcedores da Chape. O clube enfrentou uma crise a partir de 2001 e chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do futebol catarinense.

Mesmo com o título estadual de 2007, foi apenas em 2009 que o Verdão começou a se recuperar. Naquele ano, o time que disputou a Série D do Campeonato Brasileiro obteve a terceira colocação - e o acesso à Série C.

A Chapecoense permaneceu na terceira divisão por três anos. Nesse período, conquistou pela quarta vez o Campeonato Catarinense em 2011 e por pouco não se classificou para a Série B nacional.

A ascensão, no entanto, estava reservada para o ano seguinte: em 2012, o clube subiu para a segunda divisão - e no ano seguinte, em 2013, conquistou o acesso à elite do futebol brasileiro.

Até o acidente da última madrugada, o ano de 2016 era considerado um dos melhores para a Chape. No Campeonato Brasileiro, o clube faz a melhor campanha de sua história, ocupando a 9ª posição na tabela a uma rodada do fim da competição.

Em nível internacional, o clube conquistou o direito de disputar a final da Copa Sul-Americana após superar equipes de tradição em competições continentais, como os argentinos Independiente e San Lorenzo.

A decisão da Sul-Americana, no entanto, que simbolizava o auge da ascensão chapecoense, acabou manchada pela queda do avião que levava jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas a Medellín - cidade colombiana onde o clube disputaria a primeira partida da final contra o Atlético Nacional.

A partida, que estava marcada para amanhã (30) à noite, foi adiada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). A nova data ainda não foi divulgada.

* Com informações de Daniel Fasolin, da rádio Super Condá

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