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Após dinheiro na cueca, Bolsonaro diz que não há corrupção no governo

Bolsonaro tentou afastar qualquer ligação com o senador Chico Rodrigues, um dos vice-líderes do governo, pego pela PF com dinheiro escondido na cueca

"Nós estamos combatendo a corrupção. Não interessa quem seja a pessoa suspeita", disse Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2020 às 10h23.

Última atualização em 15 de outubro de 2020 às 18h29.

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta quinta-feira que não existe corrupção no seu governo e tentou afastar qualquer ligação com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), um dos vice-líderes do governo no Senado, pego em operação da Polícia Federal com dinheiro escondido na cueca.

"Parte da imprensa me acusando do cara ser meu amigo, eu coloquei como vice-líder e que eu não combato a corrupção. Vamos deixar bem claro, essa operação da Polícia Federal de ontem, como metade das operações, foi em conjunto com Controladoria-Geral da União. Ou seja, nós estamos combatendo a corrupção. Não interessa quem seja a pessoa suspeita", disse Bolsonaro a apoiadores que perguntaram sobre a operação em Roraima, na saída do Palácio da Alvorada.

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De acordo com uma fonte, durante a operação de quarta-feira, que apurava desvios de recursos públicos oriundos de emendas parlamentares para uso no combate à pandemia de Covid-19, Rodrigues foi encontrado pelos policiais com dinheiro escondido nas nádegas.

Bolsonaro afirmou que a operação de ontem é "fator de orgulho" para seu governo e que algumas pessoas acham que toda corrupção tem a ver com o Executivo, mas que seu governo "são os ministros, as estatais e bancos oficiais."

"Essa operação de ontem é típica do meu governo. Não tem corrupção no meu governo e combatemos a corrupção, seja de quem for. Vocês estão há quase dois anos sem ouvir falar em corrupção no meu governo", afirmou.

"Nós destinamos bilhões de reais a Estados e municípios, tem as emendas parlamentares também, e de vez em quando, não é muito raro, a pessoa faz uma malversação desses recursos. Agora, a CGU está de olho, a nossa PF está de olho e tomamos decisões."

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