Brasil

Governo de SP recomenda fechar shoppings e academias até 30 de abril

Segundo o governo do estado, a decisão foi tomada em conjunto com os gestores de shoppings centers para preservar população e funcionários

Doria: o governo vai liberar linhas de crédito para micro empresas (Reuters/Reuters)

Doria: o governo vai liberar linhas de crédito para micro empresas (Reuters/Reuters)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 18 de março de 2020 às 13h01.

Última atualização em 18 de março de 2020 às 15h10.

Para enfrentar a epidemia do coronavírus, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recomendou, nesta quarta-feira, 18, fechar os shoppings center e academias da região metropolitana. A orientação é para que os centros comerciais parem as atividades entre 19 e 23 de março. Os estabelecimentos devem ficar fechados até 30 de abril.

O Estado já registrou mortes em decorrência da doença e também têm transmissão comunitária sustentada, quando não se sabe mais a origem da infecção em novos pacientes.

A medida não é válida, por enquanto, para os shoppings do interior e litoral do estado de São Paulo. Na coletiva de imprensa, o governo salientou que a decisão foi tomada em parceria com os gestores de shoppings e que, os serviços online, continuam funcionando.

"O foco agora não é maximizar receita dos shoppings, mas maximizar segurança da população", afirmou Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico. Doria acrescentou que pediu aos empregadores que não demitam seus funcionários. "Faço apelo para que empregadores não se precipitem e criem condições para que os funcionários sejam preservados", disse.

Outras medidas

O governo de São Paulo também anunciou que vai disponibilizar mais R$ 275 milhões em crédito para micro e pequenos empresários para o enfrentamento ao coronavírus. O valor se soma aos já R$ 225 milhões anunciados anteriormente. A linha de crédito é voltada para restaurantes, bares, cafés e similares, além do setor de turismo, um dos mais afetados pela crise do Covid-19.

O prazo do financiamento subiu de 36 para 60 meses, e a carência foi de três para 12 meses. Os financiamentos de capital de giro estão disponíveis para empresas paulistas com faturamento anual entre R$ 81 mil e R$ 90 milhões.

Também foi fechada uma parceria com 1.000 farmácias privadas da cidade para aplicação de vacina contra a gripe, a partir de 23 de março. Haverá ainda a limitação de presença de pessoas nos postos do Detran e do Poupatempo.

O governo Doria também fechou um parceria com operadoras de celular para o envio de mensagens, gratuitamente, para 15 milhões de clientes das empresas sobre condutas, procedimentos e recomendações sobre o coronavírus. Os disparos começam a partir desta quinta-feira, 19.

Por enquanto, não haverá restrições ou diminuição da frota dos sistemas de transporte administrados pelo governo do estado que incluem a CPTM, Metrô e EMTU.

Coronavírus em São Paulo

Questionado sobre o fluxo de atendimento nos hospitais do estado de São Paulo, o secretário de saúde, José Henrique Germann, afirmou que o "atendimento está normal". Nas redes sociais, já há relatos de que unidades de saúde estão lotadas.

"Estamos nos preparando pra que a demanda aumente e daí aumentamos a oferta para atender esses pacientes. Temos o teto de 1.400 leitos novos em UTI", disse Germann, acrescentando que o governo está dando andamento à parte dos recursos humanos.

 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusJoão Doria Júnior

Mais de Brasil

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP