Brasil

Ao lado de Lula, Dilma reforça discurso contra PSDB

A presidente bateu seguidamente na tecla da crise hídrica que atinge o Estado de São Paulo

Dilma participa ao lado de Lula do ato “Periferia com Dilma”, em Itaquera (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Dilma participa ao lado de Lula do ato “Periferia com Dilma”, em Itaquera (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 05h51.

São Paulo - A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), reforçou o discurso de não voltar ao passado com PSDB, em evento com milhares de militantes, artistas, ao lado do ex-presidente Lula, de ministros e diversos quadros do PT e de partidos de apoio.

"É disso que estamos tratando, de não deixar eles voltarem, não deixar que volte esse tipo de política, que olha para o País de forma irresponsável", disse a petista. "Eles nunca nos aterrorizaram, nem nunca nos aterrorizarão", afirmou ela, sobre o PSDB.

No discurso, feito em um teatro na capital paulista, Dilma bateu seguidamente na tecla da crise hídrica que atinge o Estado. Disse que o caso mostra a visão contra o planejamento e postura de irresponsabilidade com o abastecimento, mais fundamental para a população que a eletricidade.

Dilma argumentou que o PT, no governo federal, preparou o País para prover energia e evitar a volta do racionamento, ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), enquanto os tucanos em São Paulo não se precaveram para garantir o abastecimento de água.

"Eles, quando foram governo, deixaram esse País às escuras, porque não planejaram, porque fizeram aquela privatização maluca, olharam o País e não viram os interesses conjuntos da população, viram interesses de alguns grupos econômicos. No caso da água, é a crônica de uma morte anunciada", afirmou.

"A incapacidade de gestão absolutamente às claras de um grupo político que pretende dirigir o pais, que pretende, porque nós não vamos deixar", emendou.

Dilma lembrou a Copa do Mundo, repetindo o discurso de que havia uma visão pessimista sobre a capacidade do País em sediar o evento, sustentado pela mídia. Associou também a crise hídrica à incapacidade do candidato tucano Aécio Neves em conduzir a economia.

"Eles fazem com a água o que fizeram com a questão do emprego. Eles cunharam o conceito que chamavam de empregabilidade, tem gente que tem empregabilidade, tem gente que não tem empregabilidade", ironizou.

A petista criticou também a política econômica do PSDB, que, segundo ela, justifica o desemprego e a redução de salários em nome dos "ajustes adequados". Ela afirmou que, em 2002, antes do governo Lula, o Brasil tinha a segunda maior taxa de desemprego do mundo, com 11,4 milhões de desempregados, e só perdia para a Índia. "Esse pessoal que planta inflação para colher juros é que está na oposição."

Dilma associou à oposição também a forte oscilação que tem vivido o mercado financeiro nesse período eleitoral. Dilma criticou também a visão de comércio internacional dos tucanos e disse que eles são "capazes de menosprezar o Mercosul e a América Latina".

Ao falar da Copa e da visão pessimista que avalia guiar a oposição, Dilma disse também que essa é a marca de governar do PSDB.

"Tem que acabar com a mania que eles têm de nos condenar, literalmente sempre, como se tivessem esse poder, de dizer que o Brasil é uma catástrofe, que o Brasil não vai dar certo. Não é só para criar barreiras contra nós, é porque eles pensam o Brasil pequeno mesmo."

Em meio às críticas, a presidente brincou com a palavra "estarrecedor", que virou um jargão seu. Ela lembrou a frase "nunca antes nesse País" que virou marca de Lula, justificando a sua escolha.

"O nível de desqualificação do Brasil é estarrecedor. E eu uso estarrecedor, porque meu caso é de estarrecimento mesmo."

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