Brasil

Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo, diz Lula sobre denúncias contra Silvio Almeida

Presidente vai se reunir com auxiliar na tarde desta sexta-feira para tratar de denúncias feitas por ONG Me Too Brasil; titular dos Direitos Humanos nega acusações e diz ter acionado órgãos de investigação

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 12h08.

Última atualização em 6 de setembro de 2024 às 12h13.

Tudo sobreGoverno Lula
Saiba mais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que terá uma reunião nesta sexta-feira, 6, com o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, e que "alguém que pratica assédio não pode ficar no governo". O presidente, contudo, disse que o auxiliar tem "o direito de se defender".

É a primeira vez que Lula fala publicamente sobre as denúncias de assédio sexual contra o titular dos Direitos Humanos, envolvendo a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, reveladas quinta-feira pelo site Metrópoles. Almeida nega as acusações, que chamou de "ilações absurdas".

"Fiquei sabendo disso ontem pedi ao Advogado Geral da União (AGU) e ao Controladoria-Geral da União (CGU) que conversassem com as pessoas até hoje 14h30. Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo", afirmou durante entrevista à Rádio Difusora, de Goiânia.

Entenda o contexto

As denúncias de assédio sexual contra Almeida foram reveladas pela organização Me Too Brasil. A entidade afirmou que "as vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias". "Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa", diz a nota da entidade.

Almeida, por sua vez, disse repudiar "com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim". "Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirma.

Lula cumpre agendas em Goiânia para inauguração do primeiro trecho do BRT Norte-Sul de Goiânia e anúncios de investimentos nos Institutos Federais em Goiás.

Ao retornar a Brasília, Lula irá conversar pessoalmente com Silvio Almeida e com Anielle Franco. As conversas serão separadas.

Em paralelo, a Comissão de Ética da Presidência da República está reunida nesta sexta-feira para tratar das acusações contra o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) por assédio sexual. O colegiado decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração para averiguar as denúncias recebidas pela organização Me Too Brasil.

Almeida também conversou na noite de quinta-feira com o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias. A conversa ocorreu a pedido de Lula. O caso, que será investigado pela Polícia Federal, foi revelado pelo portal Metrópoles.

Acompanhe tudo sobre:Silvio AlmeidaGoverno Lula

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais