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Aeroportuários mantêm greve nesta quinta

Infraero informou que a situação nos terminais manteve-se dentro da normalidade em todo dia de paralisação

Funcionários da Infraero durante paralisação no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionários da Infraero durante paralisação no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 20h34.

São Paulo - O sindicato dos aeroportuários decidiu estender a greve por ao menos mais um dia depois de considerar bem-sucedida a paralisação desta quarta-feira, embora a Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, tenha informado que a situação nos terminais manteve-se dentro da normalidade.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Carlos Alberto Reis, decidiu nesta quarta-feira que a greve pode continuar, desde que sejam mantidos 100 por cento das operações de controle de tráfego aéreo, 70 por cento das de segurança e operação e 40 por cento das demais áreas.

A multa em caso de descumprimento da decisão é de 50 mil reais diários, e o presidente do TST marcou uma audiência conciliatória entre o sindicato e a Infraero para a próxima terça-feira. A estatal havia pedido ao tribunal que declarasse a greve ilegal e determinasse a volta dos aeroportuários ao trabalho.

Segundo a Infraero, os índices de atraso e cancelamento de voos nesta quarta-feira estavam dentro da normalidade e a tendência era de queda após a reabertura do aeroporto de Porto Alegre (RS), que ficou fechado em parte da manhã por questões climáticas.

Em boletim às 19h, a Infraero informou que 14,4 por cento das decolagens domésticas estavam atrasadas e 4,9 por cento haviam sido canceladas. Nos voos internacionais, os atrasos atingiram 18,6 por cento dos voos e os cancelamentos, 5,1 por cento.

De acordo com a estatal, esses índices estão dentro da normalidade do que já havia sido registrado pela empresa nesta mesma época do ano passado.


Apesar da tranquilidade, trabalhadores ligados ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (Sina) fizeram protestos em alguns aeroportos do país, caso do aeroporto de Congonhas (SP), com faixas e apitos para chamar atenção para as reivindicações da categoria.

Em São Paulo, o protesto aconteceu enquanto a presidente Dilma Rousseff chegava à capital paulista pela base aérea de Congonhas para participar de um evento com o prefeito Fernando Haddad (PT) na sede do Executivo paulistano.

A despeito de a Infraero afirmar que a greve não teve grande impacto nas operações, o sindicato disse que a greve foi um "sucesso" e que a paralisação vai continuar na quinta-feira.

"A paralisação atingiu 100 por cento dos aeroportos, 63 aeroportos", disse à Reuters o diretor do Sina, Jorge Luiz. "A paralisação foi um sucesso, os voos foram afetados, embora a empresa diga que não", acrescentou.

Os aeroportuários querem reajuste de 16 por cento, que inclui a inflação de maio do ano passado a abril deste ano mais o crescimento do setor no período, e melhorias nos benefícios dados à categoria.

A Infraero ofereceu reajuste de 6,4 por cento, que representa somente a reposição da inflação do período e disse ainda não ter uma posição do sindicato sobre esta proposta.

"Na realidade, eles chegaram muito longe do que a categoria quer", disse Jorge Luiz.

Segundo o diretor do Sina, a categoria decidiu em reunião na tarde desta quarta-feira manter a greve na quinta-feira, quando os trabalhadores devem fazer uma nova reunião no fim do dia para decidir se o movimento será mantido.

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