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Aécio diz que o governo Dilma está por um fio

Aécio citou, além do agravamento da crise econômica, o "esgarçamento da crise política" para justificar a avaliação e cobrou cortes do governo federal


	Senador Aécio Neves (PSDB-MG): Aécio citou, além do agravamento da crise econômica, o "esgarçamento da crise política" para justificar a avaliação e cobrou cortes do governo federal
 (Washington Alves/Reuters)

Senador Aécio Neves (PSDB-MG): Aécio citou, além do agravamento da crise econômica, o "esgarçamento da crise política" para justificar a avaliação e cobrou cortes do governo federal (Washington Alves/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 14h36.

Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), avaliou nesta quinta-feira, 10, que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) "está por um fio", com o agravamento da crise econômica e após a perda do grau de investimento pela agência Standard & Poor's.

"Temos hoje uma presidente sitiada e um governo que não governa mais", disse ele a jornalistas no Senado.

Aécio citou, além do agravamento da crise econômica, o "esgarçamento da crise política" para justificar a avaliação e cobrou cortes do governo federal.

Para o tucano, há um sentimento de ingovernabilidade no país e até mesmo setores da iniciativa privada, antes solidários ao governo, perderam a confiança em Dilma. "Estamos, como todos brasileiros perceberam, vivendo hoje o caos anunciado", afirmou.

Ele reafirmou que a presidente, que o derrotou na eleição presidencial em 2014, sabia do agravamento da crise desde a primeira metade do ano passado, mas não tomou medidas necessárias e impopulares para a correção.

"A presidente ampliou os gastos. Não quis perder popularidade para vencer as eleições e nos colocou nessa crise profunda."

Aécio criticou ainda o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por ele ter afirmado que os gastos discricionários do Orçamento estão retornando ao mesmo patamar de 2013.

"É verdade, mas esse retorno ao patamar de 2013 é corte de investimentos públicos. O ajuste do governo se dá por corte de investimentos e aumento de tributos", frisou o senador, reafirmando a posição contrária do PSDB sobre reajustes tributários.

O presidente do PSDB disse que não será a oposição a indicar ao governo de onde virão os cortes e emendou: "Não podemos, até porque perdemos a eleição, subir a rampa do Palácio do Planalto e começar a governar. Não podemos fazer aquilo que ela não está fazendo."

No entanto, o partido fará, na próxima quinta-feira, 17, um seminário, no Senado, sobre a crise econômica.

Estão previstas as presenças, segundo Aécio, dos ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga e Gustavo Franco, dos economistas Marcos Lisboa, Mansueto Almeida e Samuel Pessôa, além do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Indagado se iria se engajar ao movimento pró-impeatchment da presidente Dilma, Aécio disse que a iniciativa é da sociedade, apesar de ter a simpatia de parlamentares do PSDB.

"O movimento não é do PSDB e parte do pressuposto que o governo perdeu as condições de governabilidade. É legítimo, constitucional, mas é da sociedade", disse.

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